Bolsonaro volta a reclamar de custo de auxílio emergencial: 'É endividamento'
O presidente repetiu que considera "pouco" a proposta da equipe econômica para a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 200 por mês, mas que os atuais R$ 600 são "muito".
O presidente Jair Bolsonaro voltou a reclamar, nesta quinta-feira, 27, do custo mensal de R$ 50 bilhões do auxílio emergencial a informais e afirmou que gostaria de destinar o valor para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, investir em obras públicas.
Após divergências explícitas ao longo da semana, Bolsonaro também falou que a equipe de Paulo Guedes informou que "a economia está reagindo" e que espera que isso aconteça de fato.
"Vamos prorrogar o auxílio emergencial até o final do ano. Eu falei que o auxílio de R$ 600 é muito e o pessoal bateu em mim. Mas é muito para quem paga, é muito para o País. Alguns falam 'esse dinheiro é nosso'. Não, o dinheiro não é seu, é endividamento", disse o presidente durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
Ele falou ao lado da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, no Palácio da Alvorada.
Bolsonaro, que tem participado de uma série de inaugurações públicas no país nas últimas semanas, afirmou que queria os R$ 50 bilhões do auxílio "na mão do Tarcísio".
"Eu acho que, em um ano praticamente ele resolveria os grandes problemas de Infraestrutura do Brasil", disse Bolsonaro. Damares, então, interrompeu e pediu R$ 5 bilhões para a sua pasta, mas foi ignorada.
O presidente repetiu que considera "pouco" a proposta da equipe econômica para a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 200 por mês, mas que os atuais R$ 600 são "muito".
"A ideia é entre R$ 200 e R$ 600 até o final do ano", declarou. Sobre a ideia de estender o benefício além de dezembro deste ano, iria quebrar o Brasil e faria o País perder a confiança.