Azul prevê redução de frota em 35% após pedido de recuperação judicial nos EUA
Companhia aérea anunciou uma revisão no plano de negócios

Após pedir recuperação judicial, a companhia aérea Azul anunciou uma revisão no plano de negócios. Uma das medidas da empresa inclui uma redução de 35% na frota futura da companhia.
A expectativa é que essa diminuição leve a uma capex menor — investimentos que geram benefícios futuros — diante das menores despesas com custos e manutenção e crescimento mais reduzido da oferta (ASK). Com isso, a otimização da frota e a desalavancagem devem contribuir para reduzir a exposição cambial.
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A Azul prevê que o processo Chapter 11, equivalente à recuperação judicial nos EUA, permita uma desalavancagem significativa da companhia. A estimativa da aérea é que a alavancagem caia de 5,1 vezes para 3 vezes com o processo. Para 2026, estima que o indicador desacelere para 2,2 vezes, enquanto deve atingir 1,7 vez em 2027.
A estratégia é focada na "otimização significativa da frota com crescimento moderado do ASK (oferta), a fim de melhorar a resiliência e reduzir o risco geral, a exposição cambial e a alavancagem", declarou empresa aérea
Redução de despesas
Em apresentação a investidores, a companhia aérea destacou ainda a expectativa de redução na despesa com juros (cash interest expense). Com o plano revisado, projeta uma cifra de US$ 113 milhões para 2025 ante US$ 216 milhões anteriormente.
No próximo ano, a Azul estima que a redução caia de US$ 255 milhões para US$ 85 milhões. Já para 2027, a projeção foi reduzida de US$ 253 milhões para US$ 105 milhões.