Aeronautas rejeitam proposta de empresas e mantêm paralisação em aeroportos
A paralisação afeta os aeroportos de Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte
Aeronautas rejeitaram proposta das empresas e decidiram manter a paralisação. A decisão foi informada em uma assembleia online que iniciou no final da tarde de quinta-feira (22) e terminou à meia-noite.
A paralisação afeta os aeroportos de Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte. A categoria iniciou a greve na última segunda-feira (19).
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Participaram da assembleia online 5.884 votantes. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), 59,25% votaram contra a proposta; 40,02% foram favoráveis; e 0,73% se abstiveram.
Negociação
No evento, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) se reuniu com representantes das empresas aéreas no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. As empresas ofereceram:
- Reajuste dos salários fixos e variáveis em 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
- Aumento real de 1% sobre diárias nacionais
- Piso salarial
- Seguro
- Multa por descumprimento da convenção
- Vale-alimentação
Os reajustes não incidem sobre diárias internacionais, que são pagas em dólares, euros ou libras. Os aeronautas pediam 5% de ganho real e, na semana passada, as empresas haviam oferecido 0,5% de ganho real.
A proposta apresentada pelo TST contemplava, entre outras coisas, a renovação da convenção coletiva na sua íntegra, reajuste de 100% do índice inflacionário dos últimos 12 meses - ou seja, 5,97% nos salários fixos e variáveis, mais o acréscimo de 1% de aumento real.
Em nota à imprensa, o SNA "considera que o movimento foi positivo nesses quatro dias de greve, dentro dos limites determinados pela Justiça, e que é preciso deixar claro que os aeronautas estão desde o final de setembro negociando e que todas as propostas enviadas pelo sindicato patronal não eram condizentes com a pauta de reivindicações da categoria, por isso foram rejeitadas".
A categoria reivindica que as empresas "respeitem os horários de início e de término das folgas e que não programem jornadas de trabalho de mais de três horas em solo entre duas etapas de voo". O sindicato ressaltou que nenhum voo será cancelado, mas que haverá atrasos. Os voos terão de ser reagendados pelas companhias aéreas.