Sonia Abrão rebate críticas por cobertura do caso Eloá: 'faria de novo'

Apresentadora foi acusada por alguns telespectadores de sensacionalismo e de atrapalhar as negociações da Polícia

Escrito por Redação ,
Montagem de fotos mostra Sonia Abrão à esquerda e Eloá à direita
Legenda: Sonia Abrão chegou a conversar ao vivo com a vítima enquanto ela ainda estava no cárcere privado.
Foto: Reprodução/Rede TV e Reprodução/Memória Globo

Sonia Abrão, 59, em entrevista à Quem, publicada nesta quarta-feira (19), rebateu as críticas que recebeu sobre a cobertura no caso do sequestro em cárcere privado que resultou na morte de Eloá Cristina, em São Paulo, em 2008.

"Sem dúvida, foi o momento mais dramático da minha carreira. Fui a única pessoa com quem ela falou, ainda no cativeiro, três dias antes de ser morta. Fiquei muito tensa e emocionada. Faria tudo de novo", afirmou a apresentadora.

Sonia se referiu ao dia em que, no programa 'A Tarde é Sua', entrevistou ao vivo o sequestrador Lindemberg Fernandes Alves e a vítima, Eloá. A jornalista chegou a ser acusada por alguns telespectadores de sensacionalismo e de atrapalhar as negociações da Polícia com o criminoso.

"Não tenho problema nenhum em me desculpar. Tanto na vida pessoal, quanto profissional. E faço de coração, nada a ver com o medo de ser cancelada, como acontece com muitos".

Apesar disso, Sonia disse que não foi cancelada por causa da entrevista. "É comum acontecer com pessoas públicas, principalmente após o surgimento das redes sociais. Comigo não rolou, mas sou muito bem monitorada", compartilhou.

Sonia completou, em fevereiro deste ano, 23 anos como apresentadora de TV.

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Caso Eloá

Em outubro de 2008, Lindemberg, à época, com 22 anos de idade, invadiu a casa da ex-namorada, Eloá, que estava estudando com a amiga, Nayara Rodrigues da Silva.

Ele não aceitava o fim do relacionamento. Então, manteve as duas em cárcere, mas soltou Nayara no dia seguinte. Por orientação da Polícia, a amiga voltou ao apartamento para ajudar nas negociações.

O sequestro durou cinco dias, até a invasão dos agentes de segurança no apartamento, o que provocou uma troca de tiros. Nayara foi atingida no rosto e, Eloá, na cabeça e na virilha. Eloá não resistiu aos ferimentos e morreu.

Lindemberg, por sua vez, sem ferimentos, foi capturado e condenado a mais de 98 anos de prisão. Em 2013, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu reduzir a pena dele para 39 anos.

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