Ex-atriz da Globo, Fernanda Machado revela diagnóstico de TDPM; entenda problema de saúde
O transtorno é definido como uma forma mais grave da síndrome pré-menstrual, mais conhecida como TPM

A atriz Fernanda Machado, de 44 anos, conhecida por estrelar novelas da TV Globo, revelou o diagnóstico de uma condição grave, o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM). Em publicação nas redes sociais, a artista, que hoje reside nos Estados Unidos, afirmou estar em tratamento para reduzir os sintomas do transtorno.
"Já faz tempo que estou querendo falar sobre TDPM por aqui. TDPM é coisa séria. Desde que descobri que eu sofro desse transtorno, resolvi estudar a fundo e trazer luz e atenção para esse distúrbio tão complexo e devastador", disse a atriz.
O transtorno é definido como uma forma mais grave da síndrome pré-menstrual, mais conhecida como tensão pré-menstrual ou TPM. Com sintomas intensos, que geralmente aparecem na fase do ciclo que vem antes da menstruação, a condição afeta a qualidade de vida das mulheres.
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"Infelizmente as mulheres sempre sofreram com esse transtorno, mas antes de existir um diagnóstico elas eram consideradas loucas, histéricas e muitas vezes eram mantidas em instituições mentais. O TDPM foi e ainda é muito confundido com depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar. Precisamos mudar isso! Precisamos acabar com o estigma e falar mais sobre esse transtorno terrível que destrói a vida de 31 milhões de mulheres", destacou a atriz.
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Sintomas
Assim como Fernanda Machado, milhões de mulheres são afetadas pela condição. Para ser diagnosticada com o transtorno, os sintomas devem persistir na semana antes da menstruação, e devem acontecer na maioria dos ciclos ao longo de um ano. É necessária a consulta ao ginecologista para ser feita uma anamnese.
De acordo com informações do site de Drauzio Varella, os sintomas mais comuns relacionados a TDPM são:
- Inchaço;
- Dor nas mamas;
- Aumento do volume abdominal;
- Dor de cabeça;
- Cansaço;
- Sintomas psíquicos, como humor deprimido, ansiedade, irritabilidade, sensação de nervos à flor da pele e até ideação suicida;
- Falta de energia e diminuição do interesse pelas atividades cotidianas;
- Aumento dos conflitos pessoais;
- Alterações no sono (ter insônia ou dormir demais); e
- Alterações de apetite (como comer muito ou ter vontade de alimentos específicos, normalmente mais calóricos).
As causas do TDPM ainda não são claras, mas estão relacionadas às flutuações hormonais durante o ciclo menstrual, mais especificamente dos hormônios estrogênio e progesterona.
Especialistas destacam que a condição interfere diretamente na qualidade de vida da paciente afetada, podendo atrapalhar a rotina, a vida pessoal e profissional.
Tratamento
Conforme a publicação, o tratamento para a condição pode incluir medicações para suspensão da menstruação, ansiolíticos ou antidepressivos. Outras intervenções como psicoterapia, atividade física e uma alimentação balanceada também são aliadas ao tratamento.