UFC deve abrir concurso com vagas para professores e técnicos; veja previsão

Oferta de novas graduações em campi de Fortaleza e do interior exigirá contratação de novos servidores

Escrito por
Theyse Viana theyse.viana@svm.com.br
Fachada da Reitoria da UFC, em Fortaleza
Legenda: Universidade projeta criação de diversos cursos de graduação em Fortaleza e no interior do Ceará
Foto: Jr. Panela/UFC

A criação de pelo menos 14 novos cursos de graduação em campi da Universidade Federal do Ceará (UFC), prevista para 2026, vai gerar vagas não apenas para estudantes, como para professores e técnicos administrativos. Para isso, a instituição deve abrir um novo concurso público.

Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, o reitor da UFC, Custódio Almeida, afirmou que a universidade aguarda a liberação da criação de vagas, que precisa ser feita pelo Ministério da Educação (MEC).

O gestor pontua que cursos como Inteligência Artificial (IA), a ser aberto no campus da UFC em Quixadá, por exemplo, podem iniciar funcionamento já no início de 2026, caso a liberação para realização de concurso aconteça “até o meio do ano de 2025”.

Custódio afirma que “a Universidade ainda vai decidir se faz um grande edital ou abre um para cada área”, mas considera mais provável um certame único. “De qualquer forma, serão distinguidos os setores de estudo, com uma banca especializada para cada”, frisa.

Para o novo curso de Medicina, em Russas, a previsão inicial é de que sejam abertas 40 vagas para professores. “Mas se a gente resolver colocar entrada de novos estudantes por semestre, e não por ano, dobramos para 80 professores. É o limite mínimo”, estima.

O reitor afirma que o número é baseado no funcionamento da mesma graduação em Sobral, na Região Norte, e justifica que a quantidade é necessária devido ao longo tempo que a formação de médicos leva.

Custódio Almeida reitor da UFC
Legenda: Custódio Almeida, reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Foto: Thiago Gadelha

Outro curso da área da saúde, Odontologia – que terá novas turmas em Cratéus – “também tem uma exigência altíssima” de pessoal, inclusive de técnicos administrativos. “É um curso de 5 anos, o estudante tem um tempo longo de práticas nas clínicas. É preciso instrumentadores, pessoal de limpeza”, pontua.

A estimativa, então, é de que sejam demandados 30 novos professores e aproximadamente 15 servidores técnicos administrativos para a formação dos dentistas.

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Já para a graduação em IA, em Quixadá, a previsão é de que sejam selecionados 16 docentes e cerca de 10 técnicos. O reitor não detalhou a demanda de docentes e técnicos para cada um dos novos cursos previstos.

“O MEC sabe que o primeiro momento é de estrutura física, e o segundo é de pessoal. A estrutura já está em andamento, e o pessoal espero que não demore, porque concurso é demorado. Não se faz com menos de 6 meses”, pondera Custódio.

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