Motoristas de ônibus fazem paralisação e fecham Terminal do Antônio Bezerra
Categoria pode entrar em greve após negociações paralisadas com o Sindiônibus
Em mais uma manifestação por melhoria salarial, motoristas de ônibus de Fortaleza paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (15), no terminal de integração do Antônio Bezerra. O equipamento recebeu o mesmo ato na tarde da terça-feira (14).
Usuários que passaram pelo local encontraram grande parte dos veículos parados por cerca de duas horas. A circulação voltou ao normal por volta das 11 horas.
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A categoria pede reajuste salarial de 15,08% e 25% no vale alimentação e cesta básica. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro-CE) alega que as negociações salariais junto ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), estão paradas, pois não foi chegado a um acordo.
"Estamos indo de terminal em terminal informando à população que pode acontecer uma greve dos trabalhadores. A gente espera que o Sindiônibus volte para a mesa de negociação e evite mais transtornos, e que reconheça o valor da nossa categoria", disse o presidente do Sintro, Domingos Neto.
Sindiônibus diz buscar alternativa
Em nota, o sindicato patronal confirma que o diálogo foi suspenso pela recusa do sindicato dos trabalhadores em aceitar a proposta de prorrogar a Convenção Coletiva de Trabalho, vencida em 31 de abril deste ano, mas diz buscar uma alternativa responsável junto ao Sintro, diante da incapacidade das empresas de conceder aumentos salariais neste momento.
Na tentativa de manter os postos de trabalho, o Sindiônibus afirma que a proposta visa garantir por seis meses a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho com todos os benefícios nela previstos. "A expectativa é que a partir de novembro de 2022, as reivindicações do Sintro-CE sejam reavaliadas em um cenário mais favorável, que permita avanços salariais sustentáveis", esclarece.
O órgão acrescenta estar sempre aberto ao diálogo e repudiar qualquer ato que impeça o deslocamento da população.