Osteopatia pediátrica integra as possibilidades de cuidados com a saúde dos bebês

A especialidade de fisioterapeutas é um tratamento para o diagnóstico de disfunções comuns na vida do bebê, como cólicas, refluxos e insônias 

Escrito por Felipe Gurgel , felipe.gurgel@svm.com.br
Legenda: Comum na Europa, o tratamento da osteopatia é mais conhecido no Sul e Sudeste do Brasil; e agora ganha campo em Fortaleza

As tensões no corpo de um bebê recém-nascido costumam despertar uma série de inquietações para os pais, sobretudo os de primeira viagem. Choro em excesso, dificuldade pra dormir, para sugar o peito enquanto mama, cólica, refluxo, são alguns dos sintomas que nem sempre têm um diagnóstico simples.  

A fim de auxiliar os pais a cuidar dessas reações dos bebês, e até preveni-las, a osteopatia pediátrica é uma técnica aplicada por fisioterapeutas. Os especialistas tocam suavemente o corpo dos pequenos, para readequar o organismo. 

Segundo o fisioterapeuta Rafael Vieira, especialista no tratamento, os pais podem procurar o atendimento como uma medida de prevenção da saúde corporal. “A gente vai observar se tem compensações no crânio do bebê ou a nível visceral, que possam influenciar alguma alteração nele, em questão de vísceras abdominais ou articulares.  Dentro dessa avaliação, podemos tratar e até prevenir futuros problemas”, resume.    

O tempo de um tratamento osteopático varia de acordo com a disfunção examinada. De acordo com Rafael Vieira, uma frequência de cólicas no bebê pode render cerca de 8 sessões de atendimento. Problemas no crânio já exigem mais tempo. “Vai depender da situação de como o bebê chega na terapia”, complementa o fisioterapeuta.  

Rafael observa que a técnica ainda é pouco difundida no Ceará e está mais disponível pelas redes de atendimento de saúde no Sul e Sudeste. Na Europa, a especialidade já integra equipes multidisciplinares de assistência às crianças recém-nascidas.  

No entanto, o especialista avalia que, em Fortaleza, os próprios pediatras já têm reconhecido o trabalho e o resultado da terapêutica nos bebês. “Então eles passam a indicar o tratamento osteopático como uma medida de abordagem antes da intervenção medicamentosa”, situa.  

Eficácia 

Se alguns pais tinham receio de seguir tratamentos similares por conta da fragilidade física dos bebês, Rafael Vieira lembra que a desconfiança decorria do desconhecimento das técnicas. Após dois anos de atendimentos osteopáticos em Fortaleza, ele observa que novos especialistas têm se formado e que as famílias podem confiar na sutileza do processo. 

“Se trata de uma terapia manual indolor, com resultados rápidos e diretos, sem que o bebê precise fazer uso de medicamentos para se sentir melhor da disfunção que ele apresenta naquele momento. O tratamento é muito eficaz para curar disfunções comuns, como cólicas e refluxo nos bebês”, sintetiza o fisioterapeuta.  

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