Conheça Juliana Castanha, nova apresentadora do Bom Dia Ceará

Apaixonada por samba e gastronomia, Juliana completa 20 anos de TV em 2024 e celebra novo desafio profissional

Escrito por
Ana Beatriz Caldas beatriz.caldas@svm.com.br
(Atualizado às 10:09)
Juliana Castanha na redação da TV Verdes Mares
Legenda: Juliana Castanha na redação da TV Verdes Mares
Foto: Thiago Gadelha

Reportagem, produção, edição, apresentação, locução, assessoria de imprensa, cerimonial – nos 24 anos trabalhando com comunicação, a jornalista Juliana Castanha já fez muito de tudo. Deixar de se desafiar profissionalmente, no entanto, nunca foi uma opção. Foi com essa energia que ela assumiu, em 26 de fevereiro, a bancada do Bom Dia Ceará, que divide com o jornalista Halisson Ferreira.

Prestes a completar 20 anos de televisão, Juliana tem passagens por diversas empresas de comunicação em São Paulo e no Ceará. No Estado, atuou por nove anos na TV Jangadeiro, onde foi repórter, apresentadora, editora e chefe do Núcleo de Reportagens Especiais. Também foi assessora de imprensa do Ministério Público do Trabalho (MPT-CE) por quase oito anos e teve passagem recente pela TV Ceará, onde apresentou o Jornal da TVC. 

Mesmo com toda a experiência, Juliana conta que, de início, ficou apreensiva ao saber que passaria a fazer parte da rotina de cearenses de Norte a Sul do Estado. “Precisei ter esse olhar generoso para a minha trajetória profissional, respirar fundo e receber esse novo momento com alegria, entusiasmo, energia e brilho nos olhos, porque não é possível de outra maneira”, comenta. 

Juliana e Halisson estão no ar, a partir das 6h, no BDCE
Legenda: Juliana e Halisson estão no ar, a partir das 6h, no BDCE
Foto: Thiago Gadelha

Com pouco mais de um mês de casa nova, porém, o sentimento se transformou. Juliana conta que, além da receptividade dos colegas da TV Verdes Mares e dos demais veículos do grupo, tem recebido um retorno carinhoso dos telespectadores.

“A resposta tem sido tão positiva que é o que me anima também a todo dia entregar mais e melhor – principalmente quando vem do público, não só dos colegas. Porque tem um peso quando você recebe um elogio de um colega de profissão, de pessoas que entendem do ‘leriado’, e um peso diferente quando você recebe do público, que é quem assiste. [O jornal] é feito para eles”, destaca.

Comunicação na essência

Em outubro, a jornalista completa 20 anos de carreira na televisão
Legenda: Em outubro, a jornalista completa 20 anos de carreira na televisão
Foto: Thiago Gadelha

O olhar cuidadoso para o que interessa ao público e a comunicação com empatia são marcas da carreira de Castanha. Ela conta que, quando pequena, era a “representante” da turma: sempre que precisavam fazer alguma reivindicação, sugeriam que a colega, por saber se comunicar bem, conversasse com a gestão escolar.

Desde pequena, Juliana foi estimulada pelos pais a se dedicar aos estudos para conseguir uma vida mais próspera. Nascida em Camaragibe, em Pernambuco, ela foi para São Paulo com a família aos dois anos. 

Com muito esforço, os pais conseguiram mantê-la no Colégio Brasília, onde adquiriu o interesse pela leitura e pela escrita. Ali conhecia o que seria sua matéria-prima na vida adulta: a palavra. “Queria ser escritora e me dedicar aos livros”, lembra. “Naquela época, gostava de escrever textos opinativos, sobre questões sociais”.

No Ensino Médio, Juliana se preparou para o mercado de trabalho se dedicando a um curso técnico em Processamento de Dados. Mas o chamado para a comunicação a fez mudar de área na hora de prestar vestibular, o que a levou ao curso de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, o mais antigo e um dos mais prestigiados do País.

Para se manter na faculdade, trabalhou como instrutora de informática e contadora de histórias para crianças em uma biblioteca. Mas foi quando teve a chance de começar a atuar na assessoria de comunicação de uma escola que viu que tinha potencial para seguir no jornalismo.

Em 2004, conseguiu o primeiro emprego em uma emissora de TV, a Rede Internacional de Televisão, onde começou a dar os primeiros passos como apresentadora. Por meio de uma amiga, meses depois, soube de uma oportunidade no Sistema Jangadeiro, em Fortaleza, e arriscou a vinda para o Ceará para iniciar a carreira de repórter.

“Meu pai havia voltado em Recife e minha mãe continuava em São Paulo – ficou com o coraçãozinho muito apertado, a filhota indo pra longe, deixando o ninho”, brinca. “Foi uma grande loucura porque era ano de Eleição, a cidade estava em polvorosa e eu não conhecia nada. Não sabia o que era Leão, o que era Pici, Porangabuçu, Vovô, quem eram as pessoas – e vim para cobrir tudo, esporte, política, geral mesmo”.

Aos poucos, a apresentadora “com sotaque, acento e ‘s’ sibilado” começou a estabelecer a conexão com o público, ainda que, no início, tenha havido empecilhos. “Mais uma vez, foi o poder da comunicação. Quando você consegue passar por cima de todas essas questões menores e tem uma entrega de coração, com verdade, de alguma maneira o público se conecta com você. O público reconhece, o público sente”, afirma.

No novo desafio, a jornalista promete se dedicar cada vez mais a essa conexão genuína, focando em um jornalismo mais plural e diverso e trazendo não só a experiência profissional para a tela da TV Verdes Mares, mas também seu repertório pessoal como mulher e mãe.

“Tenho isso de eleger alguma missão, encontrar um sentido maior naquilo que eu faço. Então, quero oferecer mais conteúdo sobre questões sociais, principalmente questões de gênero. Quero trazer essa marca”, pontua. 

Percebo que a comunicação como um todo mudou, e mudou pra melhor, no sentido de ser uma comunicação mais inclusiva, mais plural e diversa – tanto de gênero, quanto de raça e etnia. Acredito que a gente precisa contemplar mais esses conteúdos.
Juliana Castanha
jornalista e apresentadora do Bom Dia Ceará

Fora da tela, samba e boa gastronomia

Juliana ama cantar e já até cantou numa banda de rock com os amigos
Legenda: Juliana ama cantar e já até cantou numa banda de rock com os amigos
Foto: Acervo pessoal

Apesar de ser apaixonada por um bom texto, Juliana costuma se denominar uma “artista da voz”. Afinal, da reportagem à apresentação de eventos, a voz da jornalista sempre foi destaque em sua jornada profissional. 

Mas se engana quem acha que acaba por aí: nas horas vagas, Juliana também ama cantar e tem como repertório do coração grandes nomes do samba, como Beth Carvalho, Jorge Aragão, Cartola e Paulinho da Viola.    

“Cantar é minha paixão, é quando me conecto comigo mesma. E não precisa estar com muita gente não, cantar para um público não, porque eu nunca fui cantora profissional. É aquilo de sentir a música, eu adoro”, destaca.

Ela conta que, quando está em algum lugar e alguém está cantando, logo se voluntaria para soltar a voz. “Eu sou uma cantora metida”, brinca. “Levanto meu dedinho e digo ‘posso cantar uma?’ e me jogo nisso daí, mesmo com o coração batendo rápido pela timidez”.

No dia a dia, porém, a principal plateia de Juliana é formada pelos filhos, João, 14, e Luísa, 12, além das gatinhas Nina e Lola – o “milagre da pandemia” da família. 

Nas horas vagas, Juliana gosta de se aventurar na cozinha
Legenda: Nas horas vagas, Juliana gosta de se aventurar na cozinha
Foto: Acervo pessoal

“É gostoso estar em casa. É nosso refúgio, nosso cantinho, um lugar em que você pode relaxar, não precisa estar maquiada nem nada. Coloca aquele chinelo e tá tudo certo”, comenta.

Além do samba, a apresentadora conta que é “a louca das plantas” e que ama cozinhar nas horas vagas. Sua paixão é pegar uma “comidinha trivial” e transformá-la em algo diferente. “Gosto de inventar, pegar uma receita e fazer as minhas adaptações, o meu toque. Acho que cozinhar é isso, é um carinho que você faz: você prepara um prato pensando naquela pessoa que vai provar”.

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