Confira 10 fatos marcantes do forró e sertanejo de 2018

Shows internacionais e anúncio de parada em carreiras foram os destaques

Escrito por João Lima Neto , joao.lima@diariodonordeste.com.br

O sertanejo dominou, sem dúvidas, o ano de 2018. Em 12 meses, o ritmo esteve no topo nos rankings dos aplicativos Deezer e Spotify, além do top 10 de levantamentos nacionais como o elaborado pela Connectmix. Houve ainda o fim de bandas, shows internacionais e anúncios de carreiras solo. 

O primeiro semestre registrou perdas na música. O cantor e compositor cearense Messias Holanda, conhecido pela canção “Pra Tirar Coco”, hit em festas juninas, faleceu em março. O velório aconteceu no Theatro José de Alencar e o sepultamento no Cemitério São João Batista. Ele morreu por falência múltipla de órgãos após ter sofrido uma série de paradas respiratórias meses antes. 

Em meio a lançamentos de repertórios com a introdução de outros ritmos ao som da zabumba, triângulo e sanfona, composições históricas permaneceram fortes nos setlists de muitos forrozeiros. A canção “Meu Vaqueiro, Meu Peão”, de autoria da compositora Rita de Cássia, completou 25 anos de existência. Nomes que levam a bandeira do “forró das antigas” e da nova geração têm a composição como carro-chefe. 

Em Fortaleza, a banda Solteirões do Forró deixou de existir para levar apenas o nome do atual vocalista: Zé Cantor. Outro grupo que retirou o gênero nordestino do nome de divulgação foi o Aviões. A mistura de estilos musicais com o forró, como o funk e o sertanejo, foi usada por muitos grupos com o intuito de agregar novos públicos. Por um lado, se observou grandes parcerias, por outro, a descaracterização de algumas músicas. 

Quem assustou os fãs com a decisão de seguir carreira solo foi a cantora Samya Maia, ex-vocalista da banda Magníficos. O anúncio aconteceu durante a apresentação do grupo musical no evento “O Maior São João do Mundo”, realizado em Campina Grande (PB). Ela passou 18 anos no grupo, após ser convidada para fazer um teste. Na época, ela era vocalista da banda Zanzibar. 

Sertanejo

Em termos de produção musical, o destaque do ano é do cantor Gusttavo Lima. A Crowley, que mede o número de vezes que uma música toca nas rádios, divulgou prévia do ranking de 2018. A música “Apelido Carinhoso”, de Gusttavo Lima, ficou em primeiro lugar na lista do ano por ter tocado mais de 100 mil vezes nas quase 300 rádios monitoradas pela empresa.

Quem também ganhou os olhares da mídia foi a dupla Simone e Simaria. As irmãs anunciaram parada na carreira por duas vezes. O afastamento delas dos palcos se deu pelo quadro de tuberculose ganglionar de Simaria. O retorno aos shows acontece em 2019. 

No âmbito de shows, quem atravessou fronteiras foi o Festival Villa Mix. A festa cruzou o Atlântico e animou o público brasileiro que mora em Lisboa. Franceses e portugueses se fizeram presentes na Altice Arena. O sucesso foi tanto que ainda neste ano, a produtora Social Music anunciou a segunda edição do Festival para 2019. Outro marco no mercado do forró foi o WS on Board realizado em um navio. Em três dias, os fãs do cantor Wesley Safadão puderam curtir shows, além dos serviços do MSC Fantasia. 

Para 2019, produtoras e cantores vão ter que se superar para manter o forró e o sertanejo no topo das paradas. É incrível ver ritmos tão renovados. Ao mesmo tempo, nos faz pensar até quando tudo isso vai durar. 
 

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