Enfermeira encontrada morta no RS: veja o que se sabe sobre o caso

Priscila Leonardi, de 40 anos, havia retornado de Dublin, na Irlanda, para visitar familiares

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 19:49, em 13 de Julho de 2023)
Priscila Leonardi, enfermeira que veio da Irlanda e estava desaparecida
Legenda: Priscila Leonardi chegou ao Brasil no dia 1º de junho e desapareceu no dia 19 do mesmo mês
Foto: reprodução/redes sociais

O corpo da enfermeira Priscila Leonardi, desaparecida desde junho em Alegrete, foi encontrado na sexta-feira (7) às margens do Rio Ibirapuitã. No mesmo dia, a brasileira que havia vindo de Dublin ao Rio Grande do Sul para visitar parentes, foi enterrada por familiares e amigos.

Até o momento, as investigações apontam para uma hipótese de homicídio, mas policiais apuram se o caso pode estar conectado a uma herança deixada pelo pai de Priscila.

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Processo familiar

Priscila Leonardi foi morta aos 40 anos e a perícia realizada no corpo apontou estrangulamento e lesões por espancamento. Morando e atuando como enfermeira em Dublin, na Irlanda, desde 2019, ela saiu do Brasil para a Europa com o intuito de aprender inglês e se qualificar.

Os pais de Priscila já são falecidos e uma das linhas de investigação apontou a possibilidade do crime estar conectado à divisão de uma herança deixada pelo pai dela. O homem, inclusive, foi investigado pela polícia.

Segundo advogado Rafael Hundertmark, que representava Priscila e concedeu informações ao portal g1, ela tinha uma irmã mais nova, por parte de pai, com quem nunca teve problemas. Entretanto, ele confirma que a enfermeira possuía desafetos na família. 

Com a morte do pai, em 2020, um inventário foi aberto para formalizar a divisão de bens e a enfermeira sempre fez questão de que tudo ocorresse de forma transparente, conforme apontou o advogado.

Já em 2023, Priscila entrou com outra ação contra um parente por conta de uma cobrança envolvendo a alienação de um imóvel que não foi paga. A ação, no entanto, ainda estava em fase inicial.

Causa da morte

A necropsia do Posto Médico Legal (PML) de Alegrete apontou que Priscila apresentava lesões possivelmente causadas por espancamento, além da suspeita de que a causa da morte tenha sido estrangulamento.

Informações sobre o achado do cadáver mostraram que uma fita teria sido usada ao redor do pescoço da vítima.

O corpo foi localizado na última quinta-feira (6), por um pescador, às margens do Rio Ibirapuitã, que corta a Alegrete, e foi resgatado com o auxílio de botes do Corpo de Bombeiros.

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Priscila chegou ao Rio Grande do Sul no dia 1º de junho e estava desaparecida desde o dia 19 do mesmo mês. Inicialmente, os planos da enfermeira indicavam uma permanência de cerca de um mês no estado.

O caso, então, começou a ser investigado pela Polícia Civil no dia 20 de junho, quando um primo e uma prima de Priscila registraram o desaparecimento dela. Na noite anterior, a enfermeira havia deixado a casa de um primo em um carro solicitado por aplicativo com destino à casa de outra prima, mas não teria chegado no endereço final. 

Suspeitos e investigação

A Polícia Civil apontou um primo de Priscila como principal suspeito da morte dela, sendo responsável também pela ocultação do cadáver. O homem foi preso temporariamente no dia 13 de julho. 

A identidade do primo não foi informada, mas ele teve "importante participação" no crime, sendo responsável por comunicar o desaparecimento da brasileira para a polícia. A Polícia acredita que o crime tenha sido motivado por questões financeiras

Em entrevista ao g1, realizada no começo de julho, amigos de Priscila se mostraram surpresos com o crime, já que ela não aparentava possuir nenhum desafeto.

"Essa notícia nos trouxe um grau de perplexidade muito grande, porque ela era uma menina tranquila, tinha muitos amigos, conseguia construir uma amizade", comentou Liége Monteiro, amiga da enfermeira, ao g1. 

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