No Ceará, Anielle Franco comenta 'piada racista' de Léo Lins sobre morte de Marielle
Ministra da Igualdade Racial afirmou ainda que o que está em discussão não é uma censura aos humoristas
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, classificou como "piada racista" a atitude do humorista Léo Lins de ironizar a morte de sua irmã, Marielle, em um show de stand-up. "Não dá pra gente, em pleno [ano de] 2023, ainda achar graça de piada racista, né?", comentou a gestora em coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira (18), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza.
Franco e o diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Yuri Silva, estiveram na capital cearense para o primeiro encontro da Caravana Participativa para a construção do Plano Juventude Negra Viva. A proposta dos encontros, que ocorrerão em todos os estados do Brasil, é de possibilitar que movimentos sociais deem suas contribuições para a elaboração do plano nacional.
Sobre Léo Lins, a ministra afirmou ainda que o que está em discussão não é uma censura aos humoristas. "Acho que não é a censura que está em discussão. O que está em discussão é que ninguém gosta de ser rechaçado ou ter sua imagem vinculada a algo que não acredite. Ninguém gosta de piada sem graça, que venha a ter um conflito com a honra, com a memória da pessoa", ressaltou Franco.
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Marielle Franco
Marielle Franco, irmã da ministra, foi vereadora no Rio de Janeiro. Ela morreu em 2018, vítima de pelo menos quatro tiros na cabeça. O motorista Anderson Gomes, que estava com ela, foi atingido nas costas por três balas. Cinco anos depois, ainda não há uma resposta das autoridades de segurança sobre quem ordenou o crime.