Legislativo Judiciário Executivo

Moraes rejeita pedido de prisão humanitária feito pela defesa de Bolsonaro

A prisão preventiva tornou “prejudicados” todos os pedidos apresentados anteriormente pela defesa.

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Redação producaodiario@svm.com.br
A imagem mostra um homem de meia-idade com os braços cruzados, vestindo uma camisa polo verde. Trata-se de Jair Bolsonaro. Ele está em frente a uma casa, posicionado diante de uma grande janela com cortinas claras. À esquerda, parte de um carro escuro aparece no enquadramento. O homem olha para a câmera com expressão neutra, em um ambiente externo iluminado pela luz do dia.
Legenda: Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22) e encaminhado à Superintendência da Polícia Federal.
Foto: Sergio Lima/AFP.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para conceder prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente. A decisão foi divulgada neste sábado (22), mesma data em que a prisão domiciliar do réu foi convertida em preventiva.

Segundo Moraes, a decretação da prisão preventiva tornou “prejudicados” todos os pedidos apresentados anteriormente pela defesa, incluindo solicitações de visita. O termo significa que o tribunal considera que o pedido perdeu sua utilidade ou foi superado por um fato novo, deixando de ter objeto para análise.

Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22) e encaminhado à Superintendência da Polícia Federal após determinação de Moraes. Com a conversão da medida cautelar, a prisão passa a ser por tempo indeterminado, até eventual nova decisão judicial.

O ministro justificou a decisão afirmando que era necessário garantir a ordem pública. Ele citou a convocação de uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente reside, movimento que, segundo Moraes, tinha como objetivo impedir o cumprimento da ordem de prisão.

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A decisão também menciona a violação da tornozeleira eletrônica por Bolsonaro, apontada pelo ministro como indício de tentativa de fuga. Esse elemento foi considerado relevante para reforçar a necessidade da prisão preventiva.

Embora Bolsonaro tenha sido condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe, ele ainda não cumpre pena por essa condenação, já que os prazos de recurso seguem abertos. A prisão atual decorre exclusivamente da decisão cautelar tomada neste sábado.

Prisão humanitária

A defesa de Bolsonaro pediu, nessa sexta-feira (21), que a prisão do político fosse convertida de regime fechado para domiciliar humanitária.

A justificativa é que o condenado sofre de múltiplas comorbidades e que o regime fechado poderá o expor a risco concreto à vida.

Na solicitação, a defesa disse que Bolsonaro:

  • É portador de hipertensão, apneia do sono e doença aterosclerótica;
  • Tem histórico de pneumonias aspirativas;
  • Enfrenta complicações decorrentes do atentado de 2018;
  • Foi diagnosticado em 2025 com câncer de pele.

A expectativa é de que o julgamento dos recursos e a execução da pena pela condenação ocorram nos próximos dias.