Lula determina que CGU abra processo de expulsão de auditor que agrediu mulher e criança
Imagens flagraram David Cosac Junior atacando as vítimas até que elas caíssem no chão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou ter determinado, nesta quinta-feira (25), que a Controladoria-Geral da União (CGU) avalie a expulsão do auditor David Cosac Junior, acusado de agredir uma mulher e o filho dela no último dia 7 de dezembro.
Conforme o petista divulgou nas redes sociais, o pedido foi encaminhado ao ministro Vinicius Marques de Carvalho, controlador-geral da União.
As agressões de Cosac Junior foram flagradas por câmeras de segurança. Nas imagens, o servidor público aparece desferindo tapas e socos nas vítimas. O homem só interrompeu as agressões depois que a mulher e a criança, que estava no colo dela, caíram no chão.
No posicionamento público, o presidente classificou o caso como "covarde" e "inadmissível".
"Por isso determinei ao ministro Vinícius de Carvalho, controlador-geral da União, a imediata abertura de processo interno para responsabilização e expulsão do serviço público do agressor", disse.
A agressão covarde de um servidor da Controladoria-Geral da União contra uma mulher e uma criança, divulgada em vídeo pela Imprensa, é inadmissível e precisa de uma resposta firme do Poder Público, considerando tratar-se um servidor federal.
— Lula (@LulaOficial) December 25, 2025
Por isso determinei ao ministro…
O presidente reforçou que não irá "fechar os olhos aos agressores de mulheres e crianças, estejam eles onde estiverem, ocupem as posições que ocuparem".
Apuração do caso e expulsão
Em nota oficial, o ministro Vinicius Marques de Carvalho também classificou o caso como "gravíssimo" e "inaceitável".
"Quero ser claro ao dizer que violência contra a mulher e contra crianças é crime. Não se trata de desentendimento, conflito privado ou questão pessoal. Estamos falando de agressão, de violação à lei e de afronta à dignidade humana", disse.
O controlador-geral da União destacou que, no âmbito administrativo, a CGU tomou providências imediatas, incluindo o envio da denúncia sobre o caso à Corregedoria-Geral da União (CRG) e à Comissão de Ética da CGU, "com a imediata abertura de investigação preliminar de responsabilidade".
O ministro disse ainda que determinou a revogação imediata da designação do servidor como substituto eventual da chefia imediata e a proibição de ingresso do servidor nos prédios da CGU enquanto as apurações estiverem em andamento.