Militares deram aval a Bolsonaro sobre decisão de perdoar Daniel Silveira, diz colunista
Categoria ainda teria comemorado a inciativa, conforme a jornalista Andréia Sadi
Os militares do governo deram aval para o presidente Jair Bolsonaro conceder perdão, nessa quinta-feira (21), ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a colunista Andréia Sadi, do G1, a decisão do gestor não era o que desejava os partidos de centro.
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A princípio, o chefe do Executivo foi instruído pelos aliados a deixar a resolução do caso do político para o Parlamento: onde o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), poderia ser pressionado a salvar politicamente o mandato do deputado, cassado pela Corte. Segundo a publicação, apesar das condenações, a Casa legislativa poderia questionar a decisão sobre o mandato junto ao STF.
Além de concederem o aval a decisão de Bolsonaro, os militares ainda teriam comemorado o perdão decretado nessa quinta-feira, revelou a colunista.
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Silveira foi sentenciado pelo STF, na quarta-feira (20), a oito ano e nove meses de prisão por estimular atos antidemocráticos e ataques a ministros da própria Corte e instituições como ela. O parlamentar ainda foi condenado à perda do mandato, à suspensão dos direitos políticos e ao pagamento de multa de R$ 212 mil.
Militares querem que Bolsonaro 'enfrente Judiciário'
Ainda conforme Sadi, a categoria teria uma "raiva" do STF provocada por dois principais motivos. São eles:
- Autorizar a candidatura do ex-presidente Lula, ao anular as decisões da Operação Lava Jato;
- Liberar áudios do Supremo Tribunal Militar da época da ditadura. A decisão da Corte é de 2017, mas, somente na semana passada, trechos dessas gravações em que militares comentam sobre torturar cometidas no regime vieram à tona, através do trabalhado do historiador Carlos Fico e divulgadas por Miriam Leitão.
Segundo a colunista, militares disseram estar irritados com a "retomada do assunto", pois acreditam que isso prejudica a imagem das Forças Armadas. Diante desse cenário, conforme a publicação, a categoria voltou a defender que Bolsonaro "enfrente o Judiciário".
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