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Defesa de Zambelli divulga carta em que deputada se refere a Moraes como 'ditador'

No documento, a parlamentar se diz inocente e de "consciência tranquila"

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Redação producaodiario@svm.com.br
Carla Zambelli em discurso na Câmara dos Deputados
Legenda: Carla Zambelli segue presa na Itália após ter fugido do Brasil por condenação
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) divulgou uma carta escrita por ela, feita à mão durante prisão na Itália, citando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e se declarando inocente. No texto, ela define Moraes como "ditador" e diz que possui "a consciência tranquila de quem é inocente". 

Ainda na semana passada, Zambelli foi detida por agentes da Interpol após cerca de dois meses foragida no exterior. Um mandado havia sido emitido por Moraes logo após condenação da parlamentar a dez anos de prisão no caso que investigava por uma invasão hacker do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça.

"Quero me pronunciar e dizer que estou sendo 'forte e corajosa', mantenho a fé e a cabeça erguida, uma consciência tranquila de alguém inocente", escreveu Zambelli, também citando o Brasil e dizendo que "nenhum ditador nos colocará de joelhos". 

Carla Zambelli assinou carta na prisão na Itália
Legenda: Carta foi divulgada pela defesa de Carla Zambelli
Foto: reprodução/redes sociais

Zambelli foi presa na última terça-feira (29). Ela estava foragida e foi localizada na Itália, onde tem cidadania. A defesa apontou que ela não voltará ao Brasil por conta própria.

Condenação de Zambelli

Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram condenados pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para tentar inserir dados falsos, como um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes, na época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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Os dois também foram condenados a pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos, segundo a decisão.

Zambelli fugiu para os EUA e em seguida para a Itália com o intuito de evitar a sua condenação a 10 anos de prisão. Ela está em Roma desde o dia 5 de junho de 2025.

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