"Criminoso é ignorar a perda de mais de meio milhão de vidas", rebate Camilo Santana
O governador respondeu ao comentário de Jair Bolsonaro, que criticou a conduta de gestores na pandemia de Covid-19
Após Jair Bolsonaro (sem partido) classificar como "ato criminoso" as políticas de enfrentamento à Covid-19 implementadas por governadores, Camilo Santana (PT) foi às redes sociais e rebateu as falas do presidente. Em publicação nesta sexta-feira (13), o gestor disse que os "ataques" do chefe do Palácio do Planalto não irão tirar suas forças.
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"Criminoso, sr. presidente, é ignorar a perda de mais de meio milhão de vidas na pandemia e ainda debochar da dor das famílias. Tivéssemos um Gov. Federal mais preocupado com a vida, milhares teria sido salvas. Seus ataques jamais irão tirar de mim a força para continuar lutando", disse Camilo.
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O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT), se pronunciou em apoio ao governador e fez críticas a Bolsonaro.
"Todo meu apoio ao governador Camilo Santana que, desde o início da pandemia, tem lutado dia e noite para salvar vidas (...) O papel do Governo Federal também deveria ser esse, mas a preocupação de quem deveria liderar a não é promover aglomerações e boiotar as medidas sanitárias dos estados e municípios", disse.
Reveja como foi o discurso de Bolsonaro
Durante visita ao Ceará, Bolsonaro criticou as medidas de isolamento social adotadas pelos estados.
"Essa medida, por alguns governadores, entre eles o desse estado, foram além de impensadas, muito mal recebidas pela população. Mandar ficar em casa sem prover ganho para sua subsistência, isso é mais que uma maldade, é um ato criminoso", disse Bolsonaro.
Na última quarta-feira (11), a Justiça atendeu ao pedido do Governo do Ceará para que os passageiros de voos comerciais ou privados apresentassem comprovantes de vacinação ou teste PCR negativo para a Covid-19.
No entanto, nesta sexta-feira (13), dia da visita de Bolsonaro ao Ceará, a decisão foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5). O processo foi movido pela União e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Camilo lamentou e disse que vai recorrer da decisão.