Castanha-do-Pará ou da Amazônia? Entenda lei que pode mudar o nome da iguaria e quais os impactos
Caso a lei seja sancionada, todos os produtos derivados da castanha produzidos no Amazonas deverão adotar oficialmente a nomenclatura “castanha-da-Amazônia”

A tradicional castanha-do-Pará, amplamente consumida dentro e fora do Brasil, poderá ter um novo nome oficial no estado do Amazonas: castanha-da-Amazônia. A mudança foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e aguarda a sanção do governador para entrar em vigor.
Castanha-do-Pará ou Castanha-da-Amazônia
A alteração, proposta pelo deputado estadual Sinésio Campos (PT), tem como principal objetivo reforçar a identidade amazônica do produto e valorizar sua cadeia produtiva. Embora o nome mais conhecido remeta ao estado do Pará, a castanha — fruto da árvore bertholletia excelsa — é nativa de toda a região amazônica e cultivada em diversos estados da floresta, incluindo o Amazonas, que tem ampliado sua participação na produção nacional.
O que muda na prática?
Caso a lei seja sancionada, todos os produtos derivados da castanha produzidos no Amazonas deverão adotar oficialmente a nomenclatura “castanha-da-Amazônia”. A nova legislação também prevê medidas para garantir a autenticidade e a rastreabilidade da produção local, como a criação de selos de qualidade e incentivos à certificação de origem.
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Nome em disputa
A castanha já é chamada de diferentes formas no Brasil, como castanha-do-Brasil, nome usado inclusive em outros países, e castanha-do-Pará, título mais popular. A proposta amazonense se soma a uma longa discussão sobre identidade regional, marketing de produtos nativos e protagonismo na Amazônia.
De acordo com a proposta aprovada, o termo “castanha-da-Amazônia” pretende ser mais inclusivo ao reconhecer que o fruto é patrimônio de toda a floresta, e não apenas de um estado. A ideia, segundo o deputado autor do projeto, é que a mudança abra caminho para uma padronização maior: a proposta será levada ao Parlamento Amazônico, colegiado que reúne deputados estaduais dos nove estados da região. A expectativa é que outros estados também adotem a nova nomenclatura.
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