Polícia de SP mira banqueiros cearenses acusados de fraude; R$ 500 milhões são bloqueados

Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos alvos na Grande São Paulo

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 15:24)
Operação em SP contra banqueiros
Legenda: Batizada de Operação Floresta Devastada, a ofensiva desta quarta tem o objetivo de coletar documentos, dispositivos eletrônicos, valores em espécie, obras de arte, joias e veículos de luxo
Foto: Reprodução TV Globo

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, na manhã desta quarta-feira (23), operação para apurar crimes envolvendo fraude e ocultação de bens por parte de uma empresa do setor financeiro. Entre os alvos, estão banqueiros e executivos acusados de desviar dinheiro de clientes brasileiros para uma offshore na América Central e não devolver os recursos, conforme informação do g1.

Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos alvos na Grande São Paulo e na capital paulista. A Justiça determinou o bloqueio de cerca de R$ 500 milhões dos investigados.

Batizada de Operação Floresta Devastada, a ofensiva tem o objetivo de coletar documentos, dispositivos eletrônicos, valores em espécie, obras de arte, joias e veículos de luxo. Também foi realizada a apreensão de imóveis de alto padrão para evitar possíveis vendas.

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Quem são os alvos?

Segundo o portal g1, os endereços alvos estão ligados ao banqueiro Nelson Nogueira Pinheiro e dos irmãos dele, o banqueiro Noberto Nogueira Pinheiro e o administrador Jaime Nogueira Pinheiro Filho. Os irmãos cearenses são sócios da empresa MRCP Participações S/A.

A investigação teve início há dois anos a partir de denúncia do Ministério Público Estadual, que indicava a possível prática de estelionato por parte da instituição.

Segundo a PC-SP, a empresa investigada teria tentado se valer de um pedido judicial fraudulento para proteger um grande volume de bens estimado em centenas de milhões de reais.

Durante a investigação, ainda conforme a Polícia Civil, foi identificado um sofisticado esquema de movimentações patrimoniais, possivelmente voltadas à lavagem de dinheiro, o que incluía o uso de empresas de fachada e o uso de bens mantidos em paraísos fiscais. A instituição também tem ligação com outras entidades envolvidas em escândalos financeiros.

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