Presidente do INSS é afastado após operação da PF contra fraudes na entidade

São cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária em 14 estados brasileiros

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 10:28)
Policiais federais durante operação nesta quarta-feira (23)
Legenda: Segundo a PF, as investigações apontam a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários
Foto: Divulgação Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, nesta quarta-feira (23), a Operação Sem Desconto, visando combater um esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.

Segundo informação do blog da Camila Bomfim, do portal g1, entre os alvos da ofensiva está o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, que foi afastado das suas funções. 

Ao todo, são cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

Além de Stefanutto, cinco servidores públicos foram afastados de suas funções nesta quarta.

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Quem é Alessandro Stefanutto?

Presidente do INSS desde julho de 2023, Alessandro Antônio Stefanutto é procurador federal da carreira da Procuradoria-Geral Federal (PGF). Ele atuou no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), foi técnico da Receita Federal com foco na área aduaneira e de tributos internos e exerceu, ainda, suas atividades junto a Consultoria Jurídica do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Antes de ser nomeado presidente, Stefanutto foi Procurador-Geral do INSS e ocupou o cargo de Diretor de Finanças e Logística da autarquia previdenciária. 

Fraudes em benefícios

Segundo a PF, as investigações apontam a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.

Conforme a investigação, as entidades cobraram valor estimado de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas, no período entre 2019 e 2024.

Ainda conforme a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.

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