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Após reunião com porta-voz dos EUA, Alckmin diz que plano contra tarifaço será divulgado até terça

O plano de contingência busca atender as empresas que foram mais afetadas

(Atualizado às 22:27)
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Legenda: Geraldo Alckmin se reuniu com Gabriel Escobar no prédio do ministério, em Brasília
Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues-Pozzebom

O vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu, nesta quinta-feira (7), com o representante de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar. A reunião foi realizada no prédio do ministério, em Brasília, em que debateram as relações bilaterais entre o Brasil e os EUA. 

O encontro ocorreu um dia após a entrada em vigor da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros. Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), apresentou um plano de contingência para Lula, que será divulgado até terça-feira (12).

Gabriel Escobar representa o governo dos EUA no Brasil na ausência de embaixador. Desde que assumiu o segundo mandato, o presidente Donald Trump não nomeou um representante no País.

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Plano de contingência apresentado para Lula

Nesta quinta, Alckmin revelou que o plano de contingência visa socorrer os setores afetados pelo tarifaço dos Estados Unidos. "Ele (plano) foi apresentado ao presidente Lula, terminou ontem tarde da noite o trabalho. O presidente vai bater o martelo e aí vai ser anunciado. Se não for amanhã, provavelmente na segunda ou terça-feira", afirmou. 

"(O plano de contingência) é exatamente para poder atender aquelas empresas que foram mais afetadas, que têm uma exportação maior e uma exportação menor para os Estados Unidos".
Geraldo Alckmin
Vice-presidente

Segundo Alckmin, será colocada uma "régua", pois há setores em que 90% da produção vão para o mercado interno, com exportação de 5%, no máximo 10%, enquanto em outros setores metade da produção é destinada à exportação. "Tem setores que, do que exporta, mais da metade é para os Estados Unidos. Então foram muito expostos, estão muito expostos", exemplificou.

Alckmin também citou como exemplo o setor de pescado, explicando que, no caso da tilápia, o maior consumo é interno. Já o atum tem a maior parte da produção destinada à exportação. "Às vezes dentro de um próprio setor, você tem uma diferenciação de quem exporta mais e menos", argumentou.

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