A governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT), anunciou, nesta terça-feira (26), o pedido de desfiliação do PDT do Ceará. Ela foi cotada como pré-candidata à reeleição, mas acabou preterida pelo diretório estadual do partido, que lançou o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), como cabeça de chapa governista.
"Temos hoje, através de legítima decisão dos partidos que têm ajudado a construir esse Projeto em prol do Ceará, duas candidaturas lançadas ao Governo do Estado. Poderíamos já estar todos unidos contra o fascismo, a intolerância e o ódio. Defendi isso desde o início, juntamente com Cid, Camilo e tantos outros. Diante desta nova realidade, e respeitando as decisões tomadas, anuncio o meu pedido de desfiliação do PDT", escreveu a governadora nas redes sociais.
"Sigo com determinação para cumprir esta honrosa tarefa no comando do Governo do Estado pedindo sempre as bênçãos de Deus para fazer o melhor para os cearenses", acrescentou.
Com a decisão, Izolda Cela fica livre, por exemplo, para reforçar o palanque de outros partidos no Estado. Maior articulador da candidatura à reeleição da mandatária, o ex-governador Camilo Santana (PT) liderou as tratativas para montar a chapa do PT, encabeçada pelo deputado estadual Elmano de Freitas (PT).
Com a decisão, a governadora fica inelegível - mas pode participar de campanhas de outros partidos.
'Desejamos sucesso', diz presidente do PDT após saída de Izolda
O deputado federal André Figueiredo (PDT), presidente estadual do partido no Ceará, lamentou o pedido de desfiliação de Izolda e desejou sucesso à governadora. “Boa sorte (para ela), mesmo não estando no PDT, terá sempre nossa admiração”, reagiu. O político disse que a mandatária tinha a “expectativa” de ser escolhida para liderar a chapa governista.