Rede de livrarias Saraiva entra com pedido de autofalência após cinco anos em recuperação judicial
Com isto, a empresa admite a incapacidade de quitar obrigações; a empresa está há cinco anos em recuperação judicial
A Livraria Saraiva protocolou nos autos do processo de recuperação judicial, em trâmite perante a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, o pedido de autofalência, nesta quarta-feira (4).
Ainda segundo a companhia, a RSM Brasil Auditores Independentes (RSM) não presta mais serviços de auditoria independente à Saraiva. A empresa está em recuperação judicial desde 2018.
Em meados de setembro, a Livraria Saraiva reportou a demissão de seus funcionários. Na ocasião, a rede, que já foi a maior do Brasil, com cerca de 100 livrarias, fechou as últimas cinco lojas físicas. Eram quatro no Estado de São Paulo (Praça da Sé, no Shopping Aricanduva, Jundiaí, Ribeirão Preto) e uma em Campo Grande (MS).
Em comunicado oficial à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em 23 de setembro, a empresa informou a renúncia do diretor presidente e diretor de Relações com o Mercado, Jorge Saraiva Neto, e o diretor vice-presidente da companhia, Oscar Pessoa Filho, renunciaram aos respectivos cargos.
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Recuperação judicial
A Saraiva entrou em processo de recuperação judicial, quando registrou dívida de R$ 674 milhões. Neste mesmo ano, a rede de livrarias fez o primeiro fechamento de lojas. Foram 20 num mesmo dia, em outubro, restando 84 unidades.
A rede editorial já foi a maior do Brasil, com cerca de 100 livrarias funcionando simultaneamente. Desde o processo de recuperação, passa por um contingenciamento de operação e atua apenas no comércio digital.