Plataformas do Google injetam R$ 26,7 bilhões no Nordeste; valor corresponde a 2,5% do PIB da região

Gigante da tecnologia afirma que empresas ficam com os recursos adquiridos

Escrito por Luciano Rodrigues , luciano.rodrigues@svm.com.br
Foto que contém o Google
Legenda: Economia cada vez mais digitalizada coloca plataformas de internet como participantes consideráveis do PIB brasileiro
Foto: Shutterstock

As plataformas do Google estão cada vez mais ativas na participação da economia do Nordeste. Apenas em 2022, segundo dados da própria gigante de tecnologia, foram R$ 26,7 bilhões injetados na produção de todos os bens e serviços produzidos na região.

Com esses dados, o uso das plataformas do Google pelas empresas nordestinas foi responsável por 2,5% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste no ano passado. Em 2022, o PIB da região foi de R$ 1,08 trilhão.

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Os resultados são do Relatório de Impacto Econômico 2023, apresentados durante o Cresça com o Google em Fortaleza nesta quarta-feira (20), evento que apresentou tendências do mercado de tecnologia e novas funcionalidades da empresa.

Estão inclusos nesses números negócios de todos os tamanhos — desde microempreendedores individuais (MEIs) até grandes empresas. Para o cálculo, foram consideradas as plataformas Busca (o próprio Google Pesquisa), Google Ads, Google AdSense, Google Cloud, Google Play e YouTube.

O Nordeste foi a terceira mais impactada no PIB, à frente das regiões Centro-Oeste e Norte, respectivamente. O Sudeste é o líder de arrecadação, seguido pela Região Sul do País. Ao todo, o Google injetou no Produto Interno Bruto do Brasil R$ 153 bilhões; 1,54% de todo o volume de bens e serviços produzidos em 2022 em território brasileiro.

Confira o ranking de participação das plataformas do Google na economia de cada região do Brasil:

  1. Sudeste: R$ 75,8 bi (1,91% do PIB da região);
  2. Sul: R$ 27,5 bi (2,1% do PIB da região);
  3. Nordeste: R$ 26,7 bi (2,47% do PIB da região);
  4. Centro-Oeste: R$ 14,3 bi (1,8% do PIB da região);
  5. Norte: R$ 9,2 bi (1,92% do PIB da região).

Dos R$ 153 bilhões, R$ 4 bi foram em decorrência dos desenvolvedores de aplicativos pela Google Play Store, enquanto os anunciantes e criadores de conteúdo no YouTube movimentaram R$ 16 bilhões no PIB do Brasil em 2022.

Startups e convênio com Poder Público

Segundo o gerente de comunicação do Google Brasil, Rafael Querrer, os valores correspondem às receitas obtidas por negócios a partir do investimento em anúncios, desenvolvimento de aplicativos e ganhos de eficiência com o uso da infraestrutura de nuvem, por exemplo, que inclusive movimentam a economia de várias formas.

Isso inclui a combinação de diferentes aplicativos do próprio Google, como o Google Cloud, ferramenta de nuvem da gigante de tecnologia. As empresas podem utilizar ainda o Google Drive, que incluem funcionalidades como o Google Docs, Google Planilhas e Google Apresentações.

Os números representam o impulso econômico estimulado pelo uso das plataformas da empresa e serve como uma demonstração de como as empresas de todo o País estão usando a internet para crescer. Os empreendimentos puderam, por exemplo, combinar essas soluções com o Perfil da Empresa (funcionalidade do Google particular para cada negócio), para gerenciar a presença online no Google Maps e na Busca, criando novas oportunidades de conexão com potenciais consumidores.
Google
Em material divulgado à imprensa

A plataforma Google Accelerator Brasil, do Google for Startups, também foi um dos destaques no evento ocorrido em Fortaleza. Mais de 50 startups brasileiras tiveram o apoio da gigante da internet para se desenvolverem. Isso inclui empresas como Gupy, Grupo Zap e a Nubank, além das cearenses Mobills e Delfos.

A digitalização de serviços públicos foi outra pauta ressaltada pelo Google na capital cearense. Através de convênio com a Fundação de Previdência Social do Estado do Ceará (Cearaprev) e com a Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), o Google Cloud acelerou processos como a prova de vida de servidores estaduais, além da rotina de trabalhando, otimizando funcionalidades para cerca de 150 mil funcionários dos órgãos públicos do Estado.

 

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