Parque solar no Vale do Jaguaribe vai produzir energia para suprir 290 mil casas

Empreendimento deve ocupar área de 460 hectares, com mais de 390 mil módulos fotovoltaicos instalados

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 10:18, em 28 de Janeiro de 2025)
foto de painéis de energia solar fotovoltaica
Legenda: Ceará terá nova usina de energia solar fotovoltaica, com capacidade de abastecer mais de 290 mil residências
Foto: Antônio Rodrigues

A cidade de Jaguaruana, na região do Vale do Jaguaribe, no Ceará, deve receber um novo empreendimento de produção de energia solar. O empreendimento receberá investimento de R$ 800 milhões e produzirá, anualmente, energia para abastecer 290 mil casas.

O Complexo Fotovoltaico Arapuá será instalado pela empresa pernambucana Kroma Energia, que desenvolveu outras plantas fotovoltaicas em território cearense. O projeto é idealizado em sociedade com a Goener, outra empresa do ramo de energia renovável.

Já a construção será desenvolvida em parceria com a WEG. As obras iniciam em fevereiro e a expectativa é de que o complexo entre em operação no primeiro trimestre de 2026, com capacidade instalada de 250 megawatts-pico.

As obras do complexo devem gerar entre 800 e mil empregos diretos e indiretos para a região. A previsão inicial de investimento no complexo chegaria a R$ 2 bilhões, mas a empresa optou por reduzir o aporte e a capacidade instalada do projeto

foto aérea de terreno de nova usinar solar da Kroma Energia
Legenda: Nova usina solar na região do Vale do Jaguaribe deve ocupar área equivalente a 644 campos de futebol
Foto: Divulgação/Kroma Energia

Esse é o maior projeto da Kroma no Ceará. A usina ocupará área de 460 hectares e terá mais de 390 mil módulos fotovoltaicos instalados.

A Kroma tem negociações em andamento com diversas empresas cearenses, que devem contratar toda a energia produzida pela empresa, afirma Rodrigo Mello, CEO da empresa. 

“A energia vai ser toda consumida no Ceará mesmo, e a gente fica muito feliz com isso. Há negociações com empresas eletrointensivas, de saneamento, comércio, diversas áreas”, explica. 

O executivo destaca que o Ceará é um dos estados com maior interesse de instalação da empresa, já que há uma facilidade de conexão e grande potencial de geração de energia solar. 

A empresa estuda ampliar sua operação no Estado, mas não há planos concretos divulgados. A Kroma desenvolveu o Complexo Apodi, em Quixeré, e a Usina Fotovoltaica Beberibe. 

FOCO EM ENERGIA COMPETITIVA

Além da produção de energia a partir do sol, a Kroma estuda utilizar o complexo de Jaguaruana para produção de 'geradores a bateria', chamados de Bess. 

Rodrigo Mello destaca o foco da empresa em produzir energia renovável cada vez mais competitiva, acompanhando o movimento de transição energética. Entre os novos mercados prospectados pela Kroma está o de data centers, de mineração de criptomoedas e de hidrogênio verde. 

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“A gente analisa 'de trás para frente', para primeiro sabemos quem vai comprar a energia e qual a demanda disso para poder desenvolver no projeto. A gente está focando nos mercados mais fáceis de progredir. O do hidrogênio verde ainda tem alguns desafios a ser superados”, afirma. 

Com mais de quinze anos no mercado, a Kroma tem em seu portfólio mais de 5,7 GW em projetos de geração de energia eólica. Além do Ceará, há usinas em operação em Pernambuco (nos municípios de Bezerros e Flores) e outras cinco usinas em desenvolvimento. 

 

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