'Nossa missão é trazer a inflação para baixo com menor custo para sociedade’, diz Campos Neto

Presidente do BC detalhou atuação da instituição em visita à Unifor

Escrito por Redação ,
Roberto Campos Neto
Legenda: Roberto Campos Neto ganhou o Prêmio Inovação para o Desenvolvimento Econômico
Foto: Thiago Gadelha

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (29) que o objetivo da instituição é reduzir a inflação. O economista participou de evento na Universidade de Fortaleza promovido pelo Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE).

"A gente tem uma inflação que parece que vai engrenar para uma melhora, mesmo que lenta, ao mesmo tempo que a atividade tem surpreendido para cima. A parte de serviços está surpreendendo bastante. E a gente vê o comércio também", prevê.

Campos Neto ressaltou que a taxa Selic é um instrumento de curto prazo. Segundo o economista, o objetivo é entender como melhorar a produtividade e lucratividade do país. 

Alvo de pressão do Governo, a taxa Selic foi mantida em 13,75% pela sexta vez seguida na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A instituição é cobrada para reduzir o percentual, que é taxa básica de juros da economia. 

"A parte de mercado de trabalho, tem sido uma surpresa relativamente positiva no Brasil. A gente tem um apelo monetário que sempre cria alguma expectativa de freio na economia. A nossa missão é trazer a inflação para baixar, com o menor custo da sociedade. Essa é a grande missão do Banco Central", ressaltou Campos Neto, em meio às críticas. 

Pix internacional

Campos Neto também ressaltou o esforço do Banco Central para expandir o Open Finance e o Pix Internacional.

Roberto Campos Neto
Legenda: Roberto Campos Neto falou sobre expansão do Pix e Open Finance
Foto: Thiago Gadelha

O Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), entrou em funcionamento de 2020 e já ultrapassou a marca de 3 bilhões de transações mensais. O forma de pagamento já é aceita em diversas empresas de Orlando, Uruguai e outros países da América Latina, segundo Campos Neto. 

"A gente tem uma agenda de fazer a universalização do Pix com a Colômbia, com o Uruguai, com o Chile. Então a gente tá trabalhando com outros países. Todo mundo acha o Pix interessante porque é muito barato para o governo e gera um grande ganho para a sociedade", detalhou. 

Durante o evento, Campos Neto recebeu o Prêmio Inovação para o Desenvolvimento Econômico, homenagem promovida pelo Corecon-CE e o IBEF-CE. O evento também faz parte das comemorações de 50 anos do curso de Ciências Econômicas da Unifor.

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