Militares terão proposta semelhante
Rio. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse, ontem (10), que o governo quer uma proposta de reforma da Previdência dos militares "mais próxima possível" dos termos propostos para o restante da população. Com a proximidade dos debates sobre a reforma no Congresso, o governo reforçou o trabalho de defesa das mudanças.
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O governo espera para a próxima semana o relatório da reforma da Previdência, que está sendo elaborado pelo deputado estadual Arthur Oliveira Maia (PPS/BA). A expectativa do Planalto é que, após intensas negociações, o texto sofra poucas modificações no Congresso.
"Não adianta sermos inflexíveis e depois inviabilizar a aprovação no Congresso", reforçou Oliveira, quando questionado sobre prejuízos à proposta do governo com o recuo em temas como regras de transição. A reforma dos militares será votada depois. Oliveira disse que o governo está em fase de elaboração da proposta e evitou adiantar detalhes.
"O objetivo é que seja o mais próximo possível (da reforma hoje em discussão), guardadas algumas peculiaridades da carreira militar", comentou.
Perda de direitos
Para Dyogo Oliveira, a demora na aprovação da reforma da Previdência pode representar perda de direitos para a população no futuro. "Se a reforma for postergada por mais dois ou três anos, será feita cortando direitos", afirmou o ministro. Ele lembrou que o déficit da seguridade chegou a R$ 258 bilhões em 2016.
Em ofensiva para convencer a população da necessidade da reforma, o governo quer contar com estudos de "organizações internacionais isentas", informou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.