Aposentadoria pelo INSS: um cenário cada vez mais distante

Legenda: O INSS tem enfrentado um aumento significativo no número de solicitações de novas aposentadorias e benefícios
Foto: Fabiane de Paula

A crescente demanda pelo benefício, a redução da força de trabalho e a necessidade iminente de uma nova reforma colocam em xeque o futuro da previdência social no Brasil.
Nos últimos 30 anos, o Brasil já teve sete reformas na previdência – e tudo indica que já precisamos de mais uma.

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem enfrentado um aumento significativo no número de solicitações de novas aposentadorias e benefícios previdenciários nos últimos anos. Por outro lado, o número de pessoas que contribuem com o INSS não cresceu na mesma medida, o que está pressionando as contas do órgão.

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Esse descompasso entre os benefícios pagos e as receitas arrecadadas pressiona as contas do sistema previdenciário brasileiro – um sistema que já enfrenta dificuldades em manter o equilíbrio.

Menos pessoas contribuindo

Segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), hoje existem menos de dois trabalhadores ativos para cada beneficiário da Previdência Social. O mesmo estudo mostrou que essa razão deve ficar abaixo de um até 2051, se nada for feito – o que implica em mais beneficiários do que contribuintes.

A relação entre o número de trabalhadores ativos e o número de aposentados é um fator crucial para a sustentabilidade do sistema previdenciário. O número de pessoas em idade produtiva está diminuindo, e isso tem diversas causas.

Entre as razões, destaca-se a queda nas taxas de natalidade, um fenômeno global que também afeta o Brasil. Menos nascimentos hoje significam menos trabalhadores no futuro, resultando em uma base contributiva menor para sustentar os aposentados.

Além disso, a informalidade no mercado de trabalho e o desemprego elevado também contribuem para a redução da arrecadação. Menos trabalhadores formais resultam em menos contribuições para o INSS, agravando ainda mais a situação financeira do sistema.

Economia da última Reforma já foi gasta

A última reforma da Previdência, aprovada em 2019, tinha como objetivo melhorar a sustentabilidade do sistema. Contudo, os recursos economizados com as novas regras já foram praticamente esgotados. As mudanças implementadas proporcionaram um alívio temporário, mas não resolveram os problemas estruturais.

A reforma elevou a idade mínima para a aposentadoria e ajustou o cálculo dos benefícios, medidas que ajudaram a reduzir o déficit a curto prazo. Entretanto, sem um aumento significativo na base de contribuintes, os ganhos obtidos foram insuficientes para garantir a solvência do sistema a longo prazo.

Agora, já se discute a necessidade de uma nova reforma. Especialistas apontam que, sem mudanças adicionais, o INSS continuará a enfrentar dificuldades financeiras cada vez maiores.

Nova reforma a caminho

A discussão sobre uma nova reforma da Previdência já está em pauta. Os desafios são claros: é necessário encontrar um equilíbrio sustentável entre a arrecadação e o pagamento de benefícios. Sem uma intervenção, o sistema corre o risco de colapsar, deixando milhões de brasileiros sem uma segurança financeira na velhice.

Entre as propostas em discussão, estão a revisão das alíquotas de contribuição, a ampliação da base contributiva e a criação de incentivos para a formalização do trabalho. Essas medidas visam aumentar a arrecadação e melhorar a equidade do sistema.

Outra proposta é a criação de fundos complementares de aposentadoria, que permitiriam aos trabalhadores acumular uma poupança adicional, diminuindo a dependência exclusiva do INSS. Este modelo híbrido pode ser uma solução viável para a sustentabilidade a longo prazo.

Comece a investir para o seu futuro

A realidade é que se aposentar pelo INSS vai se tornar um desafio cada vez maior. As mudanças demográficas, a economia estagnada e a estrutura atual do sistema apontam para um futuro incerto.

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Disclaimer: Esta matéria tem finalidade unicamente informativa, de natureza educacional e não produzida com o intuito de servir como recomendação para produtos ou estratégias de investimento.

*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.