Passageiros da Azul reclamam de avião apertado e falta de entretenimento em voos internacionais

Legenda: No contexto em que a Azul precisou devolver seus modernos A350-900, sobraram menos aeronaves para cobrir os destinos internacionais de longo curso
Foto: Divulgação

A Azul Linhas Aéreas tem sido criticada por passageiros de voos internacionais de longas distâncias sobre recente queda no nível de serviço. Os relatos envolvem assentos de classe econômica com menos espaço entre fileiras (menor pitch) e sem sistemas de entretenimento individuais. 

As viagens de aproximadamente 9h acabam sendo menos oportunas e tediosas. A companhia aérea acabou até criando uma classe de assentos intermediária e já informou que em até 12 meses terá de volta a classe business.

Entretanto, nas redes sociais, vídeos com críticas a essas aeronaves de longo-curso foram bastante vistas no último fim de semana. Acontece que a Azul tem sido bastante impactada por um produto global evidentemente em falta: aeronaves.

Já comentamos várias vezes aqui como esses reportes são globais.

Assentos apertadoe em avião
Legenda: As reclamações envolvem assentos de classe econômica com menos espaço entre fileiras (menor pitch) e sem sistemas de entretenimento individuais
Foto: Reprodução

Escassez de aeronaves

No contexto em que a Azul precisou devolver seus modernos A350-900, sobraram menos aeronaves para cobrir os destinos internacionais de longo curso. Ademais, a companhia aérea está com Airbus 330 paradas para manutenções “pesadas”. Estivemos no grande galpão da companhia em Campinas e pude conferir um enorme A330-200 com vários periféricos retirados para fins de manutenção. 

O impacto é tão sério que o 2º e 3º maiores hubs da companhia (Confins e Recife) estão sem voos para os EUA, algo realmente de surpreender.

Os voos foram todos consolidados então a partir do maior hub, Campinas, e, para fazer frente à baixa de aeronaves, precisou aceitar Airbus 330-900 novos, porém, de alta densidade para 377 assentos, conforme sistema da Azul.

Um A330-900 padrão da Azul possui apenas 298 assentos e é equipado com Classe Executiva (Business), Classe Economy Xtra e Econômica.

“A Azul reitera seu compromisso em proporcionar a melhor experiência aos Clientes e esclarece que, tendo em vista a ampliação de sua frota, adquiriu novos modelos A330, com configurações diversas. A companhia ressalta que todos os Clientes foram devidamente informados sobre a nova configuração, de acordo com a resolução 400 da ANAC, bem como ofereceu as assistências cabíveis. A Azul reitera que está empenhada em manter e expandir sua malha, priorizando o conforto e a segurança de seus Clientes em todas as suas operações.”

Além de redistribuir seus clientes por Campinas com aeronaves de fuselagem larga, a companhia incrementou voos para a Flórida a partir de Belém, de onde voa com A320-Neo, viagem de menor duração.

A Azul não é a única companhia afetada pela ausência de aeronaves. No Brasil, Gol e Latam também reportam dificuldades.

A Gol compartilhou algumas vezes como receberá muito menos Boeing 737-Max do que o previamente acordado, por exemplo. A Latam tem segurado mais tempo seus antigos A319 por falta de novas aeronaves.

A demanda está altíssima e a indústria não consegue incrementar tão rapidamente a produção. Infelizmente, em alguns momentos, o conforto será mais sacrificado.

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