Lista: os 20 produtos que mais pesaram no bolso do fortalezense durante a pandemia

Itens de alimentação básicos, como óleo de soja, arroz e feijão, sofreram alta de mais de 70%

Escrito por Redação ,
Esta é uma imagem de supermercado
Legenda: Itens básicos da alimentação como arroz, feijão e óleo sofreram alta de mais de 70% em 2020
Foto: Fabiane de Paula

Em 2020, ao longo da pandemia, os fortalezenses notaram os preços dos alimentos mais caros. Itens básicos da alimentação, como óleo, arroz e feijão, apresentaram alta de mais de 70% ao longo do ano, conforme o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE. Especialistas apontam que o encarecimento está relacionado a uma série de fatores, que vai desde ao aumento do dólar ao preço dos combustíveis, passando também pelo pagamento do auxílio emergencial.

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Entre os alimentos que mais pesaram no bolso do fortalezense em 2020, estão  óleo de soja (105,91%), tomate (83,32%), arroz (81,38%) e o feijão fradinho (71,39%). Além dos itens alimentícios, produtos como revestimento de piso e parede, ar-condicionado e joias também estão na lista das mercadorias que ficaram mais caras este ano.

Os motivos da alta

A alta no preço dos alimentos pressionou os índices que medem a inflação no Brasil, segundo o conselheiro do Corecon-CE (Conselho Regional de Economia), Ricardo Eleutério. Ele aponta como causas desse aumento o encarecimento de insumos importados para a produção, quebras de safra e alta no dólar e no euro

O economista ainda atribui o aumento ao preço dos combustíveis.  "A nossa matriz de transporte no país é basicamente rodoviária, e ela utiliza esses insumos, esses combustíveis, para fazer a distribuição, para fazer toda a logística pelo país", explica.

A pandemia também influenciou a cadeia produtiva dos alimentos, indica Eleutério. Ele explica que a interrupção dos processos produtivos durante o lockdown causou uma quebra nas cadeias de fornecedores, o que gerou a escassez de alguns produtos e, consequentemente, o aumento do preço deles. O especialista destaca, no entanto, que a alta dos índices inflacionários em Fortaleza não é um cenário recente. 

"Fortaleza tem ficado ao longo dos últimos anos como a primeira, segunda ou terceira cidade ou região que mais registra inflação no Brasil. Esse destaque é muito ruim porque a renda do fortalezense é muito pequena, uma das menores do país", explica Ricardo Eleutério, conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-CE).

 

 

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