Governo negocia com mais 3 empresas instalação de plantas de hidrogênio verde no Ceará

Elmano de Freitas negociou com representantes de empresas interessadas durante viagem à Holanda

Escrito por Mariana Lemos , mariana.lemos@svm.com.br
planta hidrogênio verde
Legenda: Governo do Ceará negocia novos pré-contratos para produção de hidrogênio verde no Estado
Foto: Shutterstock

O governador Elmano de Freitas (PT) afirmou, nesta quarta-feira (15), que negocia a assinatura de até três novos pré-contratos para a produção de hidrogênio verde no Estado. Já foram assinados seis pré-contratos para a instalação de plantas de H2V, com previsão de investimentos bilionários. 

Elmano viajou à Holanda, nesta semana, onde teve encontros com representantes de empresas interessadas em investir na produção do vetor energético no Ceará.

“Nós já temos seis pré-contratos em execução e estamos tentando agora ampliar para novos dois ou três pré-contratos. Com empresas internacionais e uma nacional”, destacou.

Durante o World Hydrogen 2024, em Roterdã, o governador assinou um memorando de entendimento com a Eletrobras para a produção de hidrogênio verde e derivados no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). 

O governador destacou que a ação é realizada em conjunto com os outros estados do Consórcio Nordeste, que buscam explorar o potencial da região na transição energética. “Temos reuniões em parceria com o Piauí para investimentos que podem ser feitos no Ceará e no Piauí a área do gás”, afirmou. 

HIDROGÊNIO VERDE NO CEARÁ

O Ceará soma 37 memorandos firmados com empresas nacionais e estrangeiras para impulsionar o desenvolvimento da cadeia produtiva do hidrogênio verde no Hub do Porto do Pecém. Os seis pré-contratos representam uma intenção de atuação no Estado mais avançada para a produção do hidrogênio sustentável. 

O primeiro pré-contrato foi assinado com a Fortescue, líder da indústria de minério de ferro, com investimento previsto de R$ 9,7 bilhões. A brasileira Casa dos Ventos formalizou proposta de construir uma planta de 60 hectares, com capacidade de evitar a emissão de até 430 mil toneladas de CO₂ por mês. 

Também há pré-contrato com a Cactus, que deve construir empreendimento com investimento de R$ 10 bilhões, com capacidade para fabricar 190 quilotons de hidrogênio renovável. A AES também prevê investimento no mesmo valor, a fim instalar usina de 80 hectares. 

Uma outra empresa formalizou a intenção de investir no Ceará, mas não teve o nome divulgado. O sexto pré-contrato, assinado em abril com a empresa francesa Voltalia, projeta investimento de US$ 3 bilhões de dólares - aproximadamente R$ 15 bilhões. 

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