Fundo de emergência do Nubank é afetado por rombo das Lojas Americanas

Banco teria investimentos em crédito privado e parte dos recursos alocados em títulos de dívidas da varejista

Escrito por Redação ,
Fachada do Nubank
Legenda: Ações do Nubank estão sendo negociadas desde o dia 9 de dezembro de 2021
Foto: Divulgação

O Nubank ficou no trending topics do Twitter, na tarde desse domingo (15), após "carteiras" do banco apresentaram rentabilidade negativa. O fator da queda dos fundos da instituição estaria diretamente ligado às fortes variações dos ativos das lojas Americanas. As informações são do g1.

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Nas redes sociais, foram várias as publicações com reclamações ou alertas.

Fundo de emergência Nubank

O chamado "NU Reserva Imediata" foi um dos principais fundos que viu a rentabilidade cair e ficar no vermelho. O fundo é uma das opções oferecidas pelo Nubank para guardar dinheiro para uma reserva de emergência por meio de "caixinhas" - ferramenta para que o cliente consiga guardar dinheiro conforme objetivos pessoais.

Conforme os últimos dados apresentados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a carteira do "NU Reserva Imediata" tinha cerca de 1% do patrimônio alocado em títulos de dívidas da Americanas. Assim, a carteira, que antes entregava ganhos equivalentes a 109% do CDI (certificado de depósito interbancário, principal referência de rentabilidade para investimentos em renda fixa), apresentava um retorno médio de 37% do CDI nos últimos 30 dias, segundo informações do aplicativo do banco nesse domingo.

O fundo tinha aplicação mínima de R$ 1 e era apresentado aos clientes como de “baixo risco e alta liquidez”, e indicado para “investidores que não querem correr muitos riscos e com uma expectativa de retorno melhor que o da poupança”. As variações do fundo, que conta com mais de 1,2 milhão de cotistas e é o maior do tipo no Brasil, assustaram os investidores. 

O que causou a queda dos fundos Nubank? 

A queda dos fundos do Nubank acompanha a desvalorização dos ativos da Americanas após a loja informar a renúncia do presidente, Sergio Rial, e do diretor de relações com investidores, André Covre, por conta da descoberta de “inconsistências em lançamentos contábeis” no valor de R$ 20 bilhões, na última quarta-feira (11).

Na quinta-feira (12), os papéis da companhia tiveram a maior queda para uma empresa na bolsa de valores brasileira desde 2008 com um recuo de 77%. Com isso, perdeu mais de R$ 8 bilhões em valor de mercado.

Um dos desdobramentos mais recentes aconteceu na sexta-feira (13), quando o juiz Paulo Stefan, da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, acolheu o pedido de Tutela de Urgência Cautelar por parte das Americanas. Conforme o documento judicial, o montante de dívidas da companhia pode chegar a R$ 40 bilhões. Segundo especialistas, a possibilidade de a empresa entrar em recuperação judicial ainda não é descartada.

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