Funcionários brasileiros demitidos do X ainda não receberam FGTS, diz site

Fechamento da sede no Brasil da rede social teria surpreendido parte dos colaboradores

Escrito por Redação ,
O logotipo X (Twitter) é exibido na tela de um smartphone e a bandeira do Brasil ao fundo. Funcionários brasileiros demitidos do X ainda não receberam FGTS, diz site
Legenda: Rede social foi bloqueada no Brasil, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após se negar a cumprir decisões judiciais
Foto: Shutterstock

Antigos funcionários do agora extinto escritório da plataforma X no Brasil relataram, ao portal G1, que ainda não receberam parte dos direitos trabalhistas após serem desligados da empresa do bilionário Elon Musk. O fechamento da sede brasileira da rede social, há cerca de 15 dias, teria surpreendido parte dos colaboradores.

"Foi totalmente inesperado. Por mais que soubesse do aumento das tensões do X no Brasil, os resultados da equipe estavam ótimos, e não achei que isso ia acontecer", declarou um ex-funcionário, que preferiu não se identificar. 

Segundo ele, o local possuía cerca de 35 pessoas, que foram convocadas a participar de uma reunião virtual no sábado, 17 de agosto, com a diretora-executiva da big tech, Linda Yaccarino. Tanto a presença da CEO quanto a realização do encontro em um fim de semana eram atípicos, conforme o relato.

"Estranhei, porque esse tipo de compromisso no final de semana não era comum no X. Mas, como era com a CEO, imaginei que era algo importante".

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Na reunião, que durou cerca de 15 minutos, os funcionários foram informados sobre o fechamento do escritório do X no Brasil. A diretora-executiva atribuiu a decisão a "complexidades legais" e detalhou que o setor de recursos humanos (RH) deveria, posteriormente, entrar em contato com os colaboradores. 

Menos de 1 hora depois, os meus acessos ao sistema da empresa já tinham sido bloqueados. De maneira geral, foi muito frustrante, principalmente, porque o trabalho da equipe estava indo muito bem e tínhamos planos pela frente.” 
Ex-funcionário do X

Pouco depois, a fonte disse que foi contactada pelo RH por e-mail e que, nos dias seguintes, foram pagas as verbas rescisórias aos funcionários, exceto a multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) — direito de todo funcionário que atua em regime CLT.

Conforme o antigo funcionário, uma empresa terceirizada era responsável pelo RH do X Brasil. Na última sexta-feira (30), a companhia informou aos ex-colaboradores que, devido ao bloqueio das contas da Starlink no Brasil, também de propriedade de Elon Musk, não havia previsão para o depósito dos valores.

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O bloqueio dos recursos do empreendimento foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (29), visando garantir o pagamento de multas aplicadas pela Justiça contra o antigo Twitter.

Ainda segundo a fonte, a plataforma X não informou nada sobre o assunto aos ex-funcionários. "Nesse sentido, estamos apreensivos. Queremos seguir em frente, mas temos que ter os nossos direitos respeitados.”

Até a publicação deste material, o X global ainda não tinha se manifestado sobre o assunto.

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