IPCA sobe para 0,39% em novembro e provoca alta nos valores da carne e passagens aéreas

Os resultados foram divulgados nessa terça-feira (10) pelo IBGE

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Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo producaodiario@svm.com.br
Montagem de fotos mostra à esquerda uma pessoa pegando carnes em supermercado e à direita a parte interior de um avião em voo comercial
Legenda: As altas foram puxadas por aumento nos preços das carnes e das passagens aéreas
Foto: Reprodução

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,39% em novembro, ante uma elevação de 0,56% em outubro, informou nesta terça-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 4,29%. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 4,87%, acima da mediana das projeções (4,70% a 4,92%, com mediana de 4,84%).

O resultado foi influenciado por altas no grupo de "alimentação e bebidas" (1,55%), após aumento nos valores das carnes (8,02%), e no grupo de "transportes" (0,89%), impulsionado por altas nos preços das passagens aéreas (22,65%). Também houve aumento no grupo de "despesas pessoais" (1,43%), diante do avanço no cigarro (14,91%). Já o principal impacto negativo foi observado em "habitação" (-1,53%). 

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Gastos com alimentação

Em "alimentação e bebidas", no que diz respeito às carnes, que concentraram as maiores altas, foram observados aumentos nos preços dos seguintes cortes:

  • Alcatra (9,31%);
  • Chã de dentro ou coxão mole (8,57%);
  • Contrafilé (7,83%);
  • Costela (7,83%).

Segundo o IBGE, também foram observados aumentos no óleo de soja (11%) e no café moído (2,33%). Em relação às quedas nos preços, se destacaram manga (-16,26%), cebola (-6,26%) e leite longa vida (-1,72%).

Já a alimentação fora de casa (0,88%) registrou variação superior à do mês anterior (0,65%). O subitem "refeição" acelerou de 0,53% em outubro para 0,78% em novembro, de acordo com os pesquisadores, enquanto o lanche passou de 0,88% em outubro para 1,11% em novembro.

Gastos com transporte

Considerando ainda o setor de "transportes", o IBGE informou que os combustíveis tiveram queda de 0,15%, influenciados por baixas nos preços do etanol (-0,19%) e da gasolina (-0,16%). O gás veicular, por sua vez, teve alta de 0,09%, e o óleo diesel teve de 0,03%.

No mesmo grupo, o subitem "ônibus urbano" subiu 3,64%, após gratuidades concedidas nas passagens de transporte coletivo tanto no dia das eleições municipais, em outubro, como nos dias de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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