Dólar fecha no menor nível em quatro semanas

Em dia de ajuste, bolsa caiu 0,25% após forte alta de ontem. Mercado segue em expectativa com envio ao Congresso da proposta de reforma administrativa.

Escrito por Agência Brasil ,
Legenda: No pregão desta sexta, o câmbio chegou a R$ 5,81, maior patamar desde maio.
Foto: Fernanda Carvalho

Num dia de expectativas em relação ao envio ao Congresso da proposta de reforma administrativa, o dólar caiu pela segunda sessão seguida e fechou no menor nível em quatro semanas.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (2) vendido a R$ 5,359, com recuo de R$ 0,026 (-0,49%). A cotação está no menor valor desde 6 de agosto, quando tinha encerrado em R$ 5,343.

No mercado de ações, o dia foi marcado pelos ajustes. Depois da forte recuperação ontem (1º), o índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira), fechou o dia com pequena queda de 0,25%, aos 101.911 pontos. O Ibovespa subiu durante a manhã, mas reverteu o movimento e passou a operar em queda no início da tarde.

Amanhã (3), o governo envia ao Congresso o texto da reforma administrativa, conforme anunciado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro. A promessa foi entendida como sinal de maior compromisso do governo com a agenda de reformas e de equilíbrio fiscal, o que favorece a queda dos juros de longo prazo, indicados como medida de desconfiança em relação ao país.

Banco Central

Os investidores também acompanharam declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que a autoridade monetária não trabalha com nível de preço para o câmbio e que poderá intervir “pesadamente” caso ache necessário.

Segundo Campos Neto, a autoridade monetária continua estudando os fatores que estão provocando a volatilidade, citando a realização de mais contratos pequenos e o uso do real como hedge (proteção cambial).

O debate sobre níveis de câmbio na mira do BC voltou à tona depois de o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovar, na semana passada, transferência de R$ 325 bilhões do lucro cambial da instituição financeira para reforçar o caixa do Tesouro Nacional.

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