Com tíquete médio de quase R$ 500 no NE, maioria dos consumidores prefere comprar na Shein e Shopee

Número de consumidores que fazem mais de 10 compras nesses sites cresceu entre 2021 e 2022

Escrito por Redação ,
Legenda: De acordo com o relatório, o frete grátis ganhou importância nas operações dentro do e-commerce. Quase metade das compras feitas em 2022 (49%) foram com frete grátis, crescimento de três pontos percentuais na comparação com 2021
Foto: Shutterstock

Com preços geralmente mais baixos do que as lojas tradicionais, sites de outros países como Shein e Shopee conquistam cada vez mais consumidores. De acordo com o relatório Webshoppers 47, da NielsenIQ Ebit, 72% dos consumidores que fazem compras online recorrem a esses sites.

O dado, de 2022, representa um crescimento de quatro pontos percentuais em relação a 2021 (68%) e de 14 pontos percentuais na comparação com 2019, antes da pandemia.

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O relatório Webshoppers 47 mostra ainda a frequência com a qual esses consumidores recorrem aos sites internacionais para fazer compras. O número de compradores que adquiriram itens mais de 10 vezes subiu de 11% em 2021 para 15% em 2022.

A maioria dos compradores de sites internacionais fazem compras de duas a três vezes em um ano (34%). Em 2021, o percentual era um pouco maior: 38%. O percentual de consumidores que fizeram apenas uma compra em sites como Shopee e Shein caiu um ponto percentual ao passar de 16% em 2021 para 15% em 2022.

Tíquete médio em compras online

Considerando as vendas online no geral, o Nordeste tem o terceiro maior tíquete médio do País (R$ 495). O valor representa uma queda de 14% na comparação com o tíquete médio da Região no ano passado (R$ 574).

Veja o valor do tíquete médio por região

  • Centro-Oeste: R$ 504
  • Norte: R$ 586
  • Nordeste: R$ 495
  • Sudeste: R$ 394
  • Sul: R$ 435

Fonte: NIQ Ebit - Webshoppers 47

O programador Thiago de Freitas, 22, está entre os consumidores que fizeram pelo menos 10 compras em sites estrangeiros no ano passado. Ele conta que os cupons de desconto e ofertas de frete grátis acabam o atraindo para a Shopee e diz que sempre lembra de algo que está precisando. “Compro principalmente coisas para a casa e itens de tecnologia”.

O carrinho de compras sempre dá pelo menos R$ 39. “Com R$ 39 eu ganho frete grátis”, pontua.

O analista de dados Leandro Perruci, 28, também é adepto das compras na Shopee e também na Shein. “Com certeza foram mais de 10 compras no ano passado. No ano passado eu comecei a montar enxoval de casa nova, então utilizei muito esses aplicativos para conseguir comprar coisas de qualidade, bonitas e por um preço mais em conta”, revela.

O ponto negativo, para ele, é a demora e o medo de acabar caindo na alfândega. “Graças a Deus ainda não aconteceu. Deixo pra comprar na Shein itens menos urgentes, que não tenha tanto problema no caso de demora. Em média, gasto uns R$ 100 em cada compra na Shein, sendo sempre pacotes com vários itens diferentes”.

“Estou sempre espero algum pacote da Shopee chegar em casa. Geralmente faço compras de valor menor do que na Shein, sempre acima de R$ 39,90 para que eu possa aproveitar o frete grátis, mas geralmente abaixo de R$ 80”, arremata Leandro.

De acordo com o relatório, o frete grátis ganhou importância nas operações dentro do e-commerce. Quase metade das compras feitas em 2022 (49%) foram com frete grátis, crescimento de três pontos percentuais na comparação com 2021.

Vendas no E-commerce

As vendas do e-commerce brasileiro atingiram um volume recorde em 2022: foram R$ 262,7 bilhões em faturamento. Apesar do maior faturamento da história, o dado representa um crescimento de 1,6% na comparação com os R$ 258,5 bilhões em faturamento do e-commerce no ano passado, o que de acordo com o relatório Webshoppers revela sinais de estabilização.

Além disso, apesar de o canal online estar sendo mais acionado pelos consumidores (+7,9% na quantidade de pedidos na comparação com 2021), a pesquisa mostra que houve redução no tíquete médio, de 7,5% em relação ao ano passado, o que de acordo com a NielsenIQ Ebit gera um efeito de estabilidade nas vendas.

O número de consumidores no e-commerce cresceu 24% ao passar de 87,7 milhões em 2021 para 108,9 milhões no ano passado.

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