Busca por seguro residencial cresce 28,4% no Ceará; veja se vale a pena

Segundo dados da FenSeg, a arrecadação do seguro residencial no Ceará chegou a R$ 27 milhões no acumulado de janeiro a maio deste ano

Escrito por Heloisa Vasconcelos , heloisa.vasconcelos@svm.com.br
O Ceará tem 10% das residências protegidas por seguros, também segundo dados da FenSeg. No Brasil, o índice chega a 15,8%.
Legenda: O Ceará tem 10% das residências protegidas por seguros, também segundo dados da FenSeg. No Brasil, o índice chega a 15,8%.
Foto: Fabiane de Paula

A pandemia da Covid-19 afetou a busca por seguro residencial no Ceará. De acordo com dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), a arrecadação do seguro residencial no Estado chegou a R$ 27 milhões no acumulado de janeiro a maio deste ano. 

O valor é 28,4% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. A maior variação ocorreu em maio, que teve aumento de 62,16% em relação ao mesmo mês do ano anterior. 

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Para o presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg, Jarbas Medeiros, o aumento tem relação com o maior tempo que as pessoas passaram a ficar em casa em razão do isolamento social.  

Ele diz que a alta dos seguros residenciais não é um fenômeno exclusivo do Ceará, mas o Estado teve um aumento superior ao do Brasil. A alta nos cinco primeiros meses do ano em todo o País foi de 19,2%. 

O Ceará tem 10% das residências protegidas por seguros, também segundo dados da FenSeg. No Brasil, o índice chega a 15,8%. 

Custo benefício 

Jarbas considera que houve uma percepção maior do custo benefício de ter um seguro residencial diante do valor dispendido em imprevistos em casa.  

“É algo relativamente barato que traz bastante benefícios para o cliente. A assistência hoje é muito usual, mostra a percepção de que entrega bastante coisa e tem um custo acessível no ano, pode parcelar”, destaca. 

O especialista em seguros e sócio-diretor da corretora cearense Master Future, Luan Rocha, calcula que um seguro residencial custa em média R$ 350. O seguro automobilístico, normalmente mais contratado, tem um ticket médio de R$ 1.950. 

Ele afirma que percebeu uma busca maior principalmente de um público entre 30 e 40 anos, sobretudo de recém-casados ou pessoas que acabaram de chegar em Fortaleza.  

Vale a pena contratar?  

Luan ressalta que existem diversos tipos de coberturas para seguros residenciais, que podem se adequar à necessidade de cada casa ou família. O seguro base cobre incêndios, mas é possível adicionar coberturas adicionais para necessidades específicas.  

A cobertura de roubo é importante para quem mora em casa. A cobertura de danos elétricos cobre qualquer dano a aparelhos ligados a energia, é importante para qualquer cliente, principalmente no contexto atual. A cobertura civil familiar, cobre o dano que a família pode causar a um terceiro, como um incêndio que atinge outra casa, vazamento que atingiu o vizinho
Luan Rocha
Sócio-diretor da corretora cearense Master Future

Jarbas acrescenta que pessoas que moram de aluguel também podem contratar seguros residenciais para proteger os bens pessoais que estão dentro da residência. 

“Acredito que sempre vale a pena. Às vezes tem a pessoa que tem o sonho da casa própria e todo aquele patrimônio que ela demorou muito para construir perde em um evento imprevisto. A assistência é sensacional, se queimou algo, quebrou a chave, a seguradora vai rapidamente levar alguém para resolver. Dá um conforto muito grande”, argumenta. 

Para além da cobertura contratada, os planos residenciais costumam incluir assistência para problemas cotidianos, disponibilizando serviços como eletricista, encanador e chaveiro. Esses serviços podem ser especialmente úteis para quem tem maior dificuldade nesse tipo de reparo. 

Atenção no contrato 

Quem pensa em contratar um seguro residencial deve prestar atenção em alguns detalhes antes de assinar o contrato.  

Um ponto central é o tipo de cobertura contratada, para que seja adequada à residência. Uma cobertura apenas para incêndios pode não ser o suficiente para uma casa localizada em uma região com risco de alagamentos, por exemplo. 

“A primeira coisa é buscar uma corretora de seguros de confiança. Buscar se tem registro na Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão regulador do nosso mercado. A segunda coisa é dar ao corretor ciência da valoração do seu patrimônio. Diferente do seguro de automóvel, que tem uma tabela de mercado, o residencial leva em consideração o prédio e o conteúdo, as benfeitorias que a pessoa fez na residência, bens como eletrodomésticos...”, lista Luan. 

Também é importante prestar atenção se o valor de seguro contratado cobre o valor total da residência e dos bens, para não receber um valor menor do que o suficiente no caso de necessidade em acionar o seguro. 

Além disso, vale dar uma revisada com cuidado no endereço da residência no contrato. Caso haja algum erro, o seguro é invalidado.  

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