Antônio Ais e esposa, fundadores da Braiscompany, são presos na Argentina após serem condenados

Casal foi sentenciado em fevereiro deste ano e era considerado foragido há mais de um ano

Escrito por Redação ,
Antonio Ais e esposa Fabrícia Farias, fundadores da Braiscompany. Antônio Ais e esposa, fundadores da Braiscompany, são presos na Argentina após serem condenados
Legenda: Sentença cita crimes como instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais
Foto: reprodução/redes sociais

O casal Antônio Inácio da Silva Neto, conhecido como Antônio Ais, e Fabrícia Farias foi preso, nessa quinta-feira (29), na Argentina. Foragidos da polícia brasileira há mais de um ano, os dois fundadores da empresa de criptoativos Braiscompany, de origem paraibana, com escritório em Fortaleza, foram condenados por crimes contra o sistema financeiro. 

Eles foram capturados próximo ao condomínio onde estavam vivendo escondidos, no território argentino. Os dois usaram os passaportes da irmã e do cunhado de Fabrícia para entrar no país, pela fronteira terrestre. Segundo a Polícia Federal, mais detalhes da ação que resultou nas prisões devem ser divulgadas nesta sexta-feira (1º). As informações são do portal G1

Os nomes do casal estavam, desde fevereiro do ano passado, na lista de procurados da Interpol  polícia criminal internacional.    

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Em fevereiro deste ano, Antônio Ais e Fabrícia Farias foram condenados a, respectivamente, 88 anos e 7 meses e 61 anos e 11 meses. Outros nove réus também foram sentenciados em decisão do juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande, Vinícius Costa Vidor. 

Entre os crimes citados na sentença estão operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais. A decisão ainda estabeleceu que os condenados devem pagar mais de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em danos morais coletivos. 

Como funcionava esquema Braiscompany

O casal prometia um retorno financeiro de cerca de 8% ao mês — taxa considerada irreal pelos padrões usuais do mercado. Resumidamente, o empreendimento alugava bitcoins dos clientes, ativos que ficavam na custódia da empresa, que pagava rendimentos de 8% a 10% mensalmente. 

No entanto, em meados de dezembro de 2022, esses pagamentos começaram a atrasar e pararam de acontecer totalmente em fevereiro de 2023, quando a plataforma de pagamentos aos investidores foi retirada do ar.

Ídolo do Ceará, o ex-atacante Magno Alves foi uma das vítimas da empresa, ao perder quase R$ 25 milhões no empreendimento. Além do antigo jogador, outros milhares de pessoas investiram suas economias na Braiscompany. Segundo a PF, os fundadores movimentaram cerca R$ 1,5 bilhão nos últimos quadro anos. 

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