O memorando para o financiamento do projeto da refinaria no Ceará deverá ser assinado no próximo dia 6 pelo governador Camilo Santana, representantes da empresa chinesa Qingdao Xinyutian Chemical e China Developament Bank (CDB). O fundo que deve aportar os US$ 4,5 bilhões necessários para o projeto, segundo estima o secretário de Assuntos Internacionais Antonio Balhmann, "possivelmente" deverá ser o mesmo que dará aporte aos projetos do acordo Brasil-China.
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"Da refinaria, nós já temos o projeto todo completo, e o empreendimento vai ser feito em duas fases", afirmou.
O secretário ainda afirmou que o projeto pensado para o Ceará, no qual está inserido também um polo petroquímico, nada deve rivalizar com projeto semelhante - inclusive, também financiado por uma chinesa - em curso no Maranhão. Assim como no Ceará, o governo maranhense tenta captar um investidor para retomar o projeto abandonado pela Petrobras.
"O deles é mais para mercado interno e o nosso é exportação, e deve se especializar em diesel para a europa", afirmou Balhmann, falando da possível vocação da planta de refino cearense para óleos leves. A característica exportadora se dá pela instalação, tanto da refinaria quanto do polo petroquímico, dentro da Zona de Exportação (ZPE) do Ceará. "Não vejo nenhum motivo para competição (entre os projetos), pelo contrário, quanto mais vier para o Nordeste melhor", disse.
Regaseificação
Já sobre a unidade de regaseificação planejada pelo governo para o Porto do Pecém (Cipp), o secretário informou de uma agenda com todo o corpo técnico da Korea Gas Corporation (Kogas) e da também coreana KS, que deve suprir a demanda local, no Ceará, entre 10 e 15 de dezembro deste ano.