CE negocia atração de 32 empresas; 15 no próximo ano

Ao completar 10 anos de criação, Agência diz focar em atividades produtivas que gerem mais postos de trabalho

Escrito por Armando de Oliveira Lima - Repórter ,
Legenda: Nicolle Barbosa recebeu autoridades do governo do Estado, empresários e os ex-presidentes da Adece para o evento de comemoração dos dez anos de criação da Agência, na tarde de ontem (30)
Foto: Foto: Natinho Rodrigues

Ao mesmo tempo que comemorou os dez anos de criação, a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) já direciona esforços para aquilo que mais preocupa o Estado: investimento e emprego. "Estamos focando em indústrias que empregam muita mão de obra devido à grande demanda que a gente está tendo dos prefeitos do Interior", afirmou Nicolle Barbosa, presidente da Adece, informando que negocia com 32 empresas e espera que, "pelo menos, 15 delas se instalem aqui (Ceará) em 2018".

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Sobre a origem desses empreendimentos, Nicolle revela que a maioria foi captado a partir de missões que a equipe da Adece fez ao Sul do País. A maioria dos investidores fazem parte de atividades produtivas outrora bastante fortes no Estado e, com a melhora na economia esperada para o próximo ano, devem se fortalecer:

"Mais de 30 indústrias foram implantadas com a participação direta da Adece, sejam elas em obras de infraestrutura, aquisições de imóveis, concessão por regime de comodato e outros incentivos", informa a presidente da Agência, acrescentando que todos são brasileiros. Como resultado prático já existem três empresas em processo de instalação no Estado. A primeira é a Rafarillo, em Cascavel. O investimento soma R$ 10 milhões e o número de novos postos de trabalham chegam a 500. Além dela, há ainda a fábrica de palmilhas da Techpur, em Itaitinga.

A unidade deve gerar 100 empregos diretos e o investimento é de R$ 2,5 milhões. Já terceira empresa citada por Nicolle é a Brilux, que vai aplicar R$ 56 milhões em uma indústria no município de Horizonte.

Ambiente propício

Como forma de atrair cada vez mais investidores, a presidente da Adece conta que o principal argumento levado às mesas de negociação é a saúde fiscal do Ceará e os grandes empreendimentos já captados. A chamada "trinca de hubs" - termo cunhado pelo governador Camilo Santana ao se referir aos hubs aéreo da Air France-KLM e Gol, tecnológico com os cabos submarinos de fibra óptica, e marítimo com o Porto do Pecém - é mencionada com frequência como exemplo do ambiente propício para os negócios criado no Ceará.

"Onde a gente fala do Ceará, mostrando o que está acontecendo aqui, os investidores se animam e acreditam cada vez mais no Estado. Passamos toda a informação para fazerem as contas e verem que o Estado do Ceará é um bom lugar para se investir", reforça Nicolle Barbosa.

Uma década de ação

As declarações da presidente da Adece foram dadas na comemoração de uma década de atividades da Agência, onde, segundo Nicolle, "mais de 30 indústrias foram implantadas com a participação direta da Adece". Além disso, ela destacou a geração de mais de 30 mil empregos e o investimento de R$ 1,5 bilhão.

"Em um momento de crise vivenciada por todo o País, são ações como as nossas que nos ajudam a manter a sustentabilidade das nossas empresas", declarou Nicolle.

Presente ao evento representando o governador Camilo Santana, o chefe de Gabinete Élcio Batista destacou ainda a participação da Adece no projeto de desenvolvimento pensado para o Estado. Ao falar para o grupo de empresários e ex-presidentes da Adece que estavam presentes à cerimônica de comemoração, ele mencionou o objetivo de dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) e a renda per capta do Ceará; investir em inovação, ciência e tecnologia e estabelecer diretrizes para a estratégia de desenvolvimento como metas do governo para os próximos anos.

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