Acionistas da Enel devem rejeitar escolha do governo italiano para presidente do conselho, diz consultoria

Rejeição foi recomendada pela consultoria Glass Lewis & Co. LLC, contratadas pelos acionistas da Enel

Escrito por Redação ,
Enel
Legenda: No Brasil, a Enel tem mais de 15 milhões de clientes em estados como Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo
Foto: Shutterstock

Em meio à escolha do próximo presidente do conselho da Enel, os investidores ponderam sobre as indicações para o cargo, que contará com votação no próximo dia 10 de maio. Conforme o portal Bloomberg News, os acionistas da empresa de energia foram orientados a não aprovar a escolha do governo italiano para a vaga.

Isso porque a Glass Lewis & Co. LLC, importante consultoria contratada pelos acionistas da Enel, recomendou que eles rejeitassem a escolha do governo: o ex-CEO da reconhecida petroleira Eni, Paolo Scaroni, 76 anos.

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Scaroni tem sido visto como um candidato de compromisso, sendo aliado do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Além disso, ainda é o atual presidente do clube de futebol italiano Milan.

Candidato alternativo

No entanto, a Glass Lewis recomendou aos investidores para votarem no executivo do setor bancário Marco Mazzucchelli como presidente do conselho. Ele também é membro do conselho do Quintet Private Bank Europe.

O candidato alternativo foi proposto no início do mês de abril pelo fundo com sede em Londres Covalis Capital, dono de 1% das ações da Enel. Para Covalis, o processo de nomeação estava "opaco". 

Mazzucchelli foi cotado pela Glass Lewis porque poderia proteger melhor “a supervisão independente no nível do conselho e serviria como um melhor contrapeso para a presença do CEO”, disse a empresa de consultoria.

Mudança na administração

A mudança do presidente do conselho da Enel está sendo realizada em um cenário que a empresa de energia busca reduzir as dívidas, que tiveram aumento para quase R$ 77 bilhões em 2022, enquanto se expandia para o exterior.

Ainda segundo a Bloomberg News, a Enel trabalha em um plano de € 21 bilhões em alienações para mudar a administração interna.

 

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