Abrasel pede reparo financeiro a iFood após troca de nomes por frases políticas e antivacina

Bares e restaurantes tiveram nomes alterados para mensagens como 'Bolsonaro 2022' e 'Lula Ladrão'

Escrito por Redação , negocios@svm.com.br
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Legenda: iFood explicou que alteração foi feita por um funcionário, mas não houve comprometimento na segurança de dados dos clientes
Foto: Reprodução

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) reivindica um reparo financeiro do iFood pelos "prejuízos" causados após o aplicativo de delivery trocar nomes dos estabelecimentos por frases de cunho político e antivacina

Em nota pública divulgada nessa quarta-feira (3), no dia seguinte à falha, a entidade afirma que recebeu com "muita preocupação" a notícia do erro, o que compromete a credibilidade e a segurança de dados das lojas cadastradas no iFood. 

"Além dos óbvios prejuízos financeiros (que, esperamos sejam compensados pelo aplicativo) e de imagem para os estabelecimentos, o que chama a atenção é a fragilidade demonstrada", avalia.

A Abrasel também solicita que os procedimentos de segurança sejam "revistos e reforçados" não só no iFood, mas em todos os aplicativos de delivery, para garantir a oferta de serviços sem riscos a bares, restaurantes e clientes. 

Origem da falha

Na noite da última terça-feira (2), empresas cadastradas no aplicativo tiveram os nomes alterados para frases de apoio político a Jair Bolsonaro, menções pejorativas ao ex-presidente Lula e falas mentirosas sobre a vacina contra a Covid-19.

Uma pizzaria, por exemplo, apareceu no app como "Bolsonaro 2022", enquanto uma sorveteria teve o nome modificado para "Lula ladrão". Além disso, lojas de açaí trocaram os nomes por "Vacina mata", uma falsa referência ao imunizante, e "Marielle Franco Peneira", vereadora do Rio morta a tiros ao lado do motorista em 2018. (veja outras alterações no print abaixo)

O iFood divulgou nota esclarecendo que "o incidente foi causado por meio da conta de um funcionário de uma empresa prestadora de serviço de atendimento que tinha permissão para ajustar informações cadastrais dos restaurantes na plataforma, e que o fez de forma indevida". 

Segundo a companhia, 6% dos estabelecimentos cadastrados na plataforma sofreram a alteração, que não comprometeu a segurança de dados pessoais das lojas e clientes.

"Em investigações preliminares, a empresa informa que não há qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais cadastrados na plataforma, tampouco de dados de cartão de crédito", garante.

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