Guitarrista do Queen integrou missão de coleta de amostras de asteroide pela Nasa: 'orgulhoso'
Com seu conhecimento de astrofísico, Brian May auxiliou a nave espacial OSIRIS-REX a retornar à Terra
Para quem não sabe, Brian May, 76 anos, é muito mais do que guitarrista da lendária banda Queen. Ele é também um astrofísico de respeito, que ajudou a Nasa a trazer de volta à Terra sua primeira amostra de asteroides. Após o pouso bem-sucedido da cápsula, neste último domingo (24), May ressaltou estar "imensamente orgulhoso" de integrar a equipe que coletou o material que pode desvendar mistérios sobre a origem do sistema solar.
"Olá pessoal da Nasa, fãs do espaço, aficionados por asteroides. Sou Brian May do Queen, como você provavelmente sabe, mas também estou imensamente orgulhoso de ser um membro da equipe OSIRIS-REx", declarou o músico num vídeo divulgado pela NASA TV no domingo.
Em seu perfil no Instagram, o guitarrista postou sobre o evento, observando: “um evento histórico hoje – o pouso da cápsula contendo a amostra de rochas do asteroide Bennu – no deserto de Utah! Estamos ensaiando um show em Wimbledon!!! Mas todos nós podemos compartilhar esse momento assistindo na TV da NASA. Dedos cruzados para um pouso seguro – mas esses caras realmente não precisam de sorte – será uma manobra perfeita como todas suas aventuras coletando a amostra. Vá OSIRIS-REx!!!”
A nave espacial viajou, no domingo, sete anos após ter sido lançada para coletar amostras de asteroide Bennu, que tem mais de 4,5 bilhões de anos. A missão teria coletado cerca de 250g de rochas e poeira antes que a amostra fosse devolvida à Terra para pousar no deserto de Utah (EUA).
Estereoscopia
May, que é especialista em estereoscopia (o qual usa múltiplas imagens para completar o mapeamento 3D), utilizou suas habilidades para ajudar a criar imagens estereoscópicas que permitiram ao líder da missão Dante Lauretta e sua equipe localizar um local de pouso seguro de onde pudessem coletar as amostras sem qualquer dano.
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“Eu sempre digo que você precisa de arte além de ciência”, disse May à BBC. “É como uma coisa artística. Você precisa sentir o terreno para saber se a espaçonave tem probabilidade de cair ou se vai bater nessa ‘rocha da destruição’ que estava bem na beira do eventual local escolhido, chamado Nightingale. Se isso tivesse acontecido, teria sido desastroso. Havia um bilhão de dólares de dinheiro dos contribuintes americanos em jogo”, frisou.
As amostras provavelmente fornecerão informações sobre a formação do sistema solar e possivelmente sobre como a vida começou na Terra anos atrás.
Além das investidas como astrofísico, Brian May voltará ao palco com Queen e Adam Lambert para uma série de shows na América do Norte entre outubro e novembro.