Andreas Kisser desabafa sobre morte da mulher: 'era um caso clássico de eutanásia'
Relato foi dado no programa 'Conversa com Bial', desta quarta-feira (21)
O músico Andreas Kisser, da banda Sepultura, desabafou sobre a morte da esposa Patricia Kisser durante o programa Conversa com Bial, desta quarta-feira (21). Conforme a revista Quem, o guitarrista lamentou a eutanásia não ser legalizada no Brasil.
"A Patricia estava consciente até o fim, o caso dela era um caso clássico de eutanásia, se tivéssemos isso na lei brasileira legalmente, poderíamos ter utilizado esse artifício na situação dela", disse.
Patricia Perissinotto morreu no dia 3 de julho, aos 52 anos, após severo tratamento contra um câncer no cólon. "Ela estava consciente, não aguentava mais, o corpo não aguentava mais, uma situação irreversível”, acrescentou.
Para ele, foi muito difícul receber a notícia de que o quadro dela era irreversível e seria necessário iniciar os cuidados paliativos.
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Regresso ao Brasil durante turnê na Europa
Os dois, que são pais de três filhos, começaram o relacionamento ainda em 1990 e permaneceram juntos desde então. "Desde 1990, quando demos o primeiro beijo no meio de uma rua em Mogi das Cruzes onde você fazia a faculdade de Medicina, nunca mais nos separamos", contou Andreas.
De acordo Kisser, ele estava em uma turnê na Europa com a banda Sepultura quando recebeu a notícia de que o quadro de saúde dela tinha piorado.
"A médica me mandou uma mensagem dizendo que queria falar comigo. Liguei para a médica, e ela disse ‘a coisa está assim, seria melhor que você estivesse aqui’. Muito rapidamente o Sepultura organizou outro guitarrista para continuar a turnê e eu voltei".
"Quando cheguei fiquei dois dias maravilhosos com ela, mas estava com as máquinas. Estavam, na verdade, desmamando ela das máquinas para ver como ela reagiria", contou durante o papo com o apresentador Pedro Bial.
Evento em homenagem
No dia 28 de setembro, acontecerá o PatFest, em São Paulo. O evento busca arrecadar dinheiro para a comunidade compassiva, sendo também uma homenagem para Patrícia.
"O PatFest é uma semente que queremos plantar para trazermos o assunto morte à tona, e as possibilidades de morte que a gente pode ter na vida, como o testamento vital, comunidade compassivo, tudo isso que eu não sabia”, concluiu.