Tartarugas nascem na praia do Caça e Pesca após eclosão de ninho nesta quarta-feira
O Instituto Verdeluz estima o desenvolvimento de 33 ninhos de tartarugas na região da Praia do Futuro em 2021
Diversas tartarugas marinhas nasceram nesta quarta-feira (14) na praia do Caça e Pesca, em Fortaleza, após a eclosão de um ninho. O momento foi acompanhado, presencialmente, pela 1ª Companhia de Salvamento Marítimo do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBM-CE) e pelo Instituto Verdeluz.
O nascimento dos animais, transmitido ao vivo em redes sociais, foi descoberto quado a equipe do instituto realizava o acompanhamento dos ninhos.
“A gente já tinha aberto três ninhos que eclodiram quando não estávamos lá. No último que a gente foi checar, as tartarugas estavam nascendo. E aí nós ficamos lá acompanhando a eclosão até o último filhote entrar no mar”, explica a voluntária do projeto Malu Quevêdo.
Momentos "muito mágicos"
A voluntária ressalta ainda que esses momentos são sempre muito mágicos, “daqueles que a gente passa o ano todo esperando pra acontecer, que dão significado ao nosso trabalho e fazem valer todo o esforço”. Segundo ela, durante a pandemia, a ação ganha ainda mais significado.
Nesse momento de caos e notícias ruins, poder vivenciar isso mais uma vez foi um respiro de vida, de esperança”
A 1ª Companhia de Salvamento Marítimo do CBM-CE também acompanha a região em conjunto com o Instituto Verdeluz. Segundo o tenente Rodrigo Carneiro, a missão dos bombeiros é cuidar e preservar a vida da comunidade. “Como o meio ambiente é chave fundamental para nossas vidas, devemos preservar a natureza da melhor forma possível”.
“Para nós do CBM-CE, participar de ações de preservação da natureza, ajudar animais em situações de vulnerabilidade e apoiar instituições que promovam a sustentabilidade ambiental, é muito gratificante”, diz.
Educação ambiental
O momento de eclosão dos ovos de tartarugas também fornece educação ambiental para as pessoas que estão na praia.
“Nós vamos instruindo sobre o melhor tipo de comportamento diante da situação e dando informações sobre esses animais e seu habitat”, explica Malu Quevêdo, que também é oceanógrafa e mestranda em Ciências Marinhas Tropicais pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
De acordo com o projeto, a espécie que desova na região da praia do Caça e Pesca é a Eretmochelys imbricata, conhecida como tartaruga-de-pente.
varia em média de 35 a 60 dias, mas especificamente para a tartaruga-de-pente, é entre 55 e 60 dias”, explica Malu Quevêdo.
“Depois dos sessenta dias de incubação, fazemos a checagem para saber se realmente a eclosão aconteceu e também para coletar dados sobre quantas tartarugas nasceram e quantos ovos não eclodiram”, continua.
Instituto Verdeluz
O Instituto Verdeluz surgiu por meio de uma iniciativa de estudantes do curso de Direito da UFC em 2013, realizando o monitoramento dos ninhos de tartarugas e realizando outros 30 projetos para auxiliar a preservação ambiental no Estado, desde oficinas para as comunidades até ações de desencalhe de animais.