Maternidade-Escola reduz atendimentos após infecção em bebês e superlotação; veja outras opções

A MEAC vivencia um surto de infecção em três das suas unidades neonatais, com quadro diarreico em recém-nascidos

Escrito por Redação ,
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Legenda: Pacientes devem procurar as unidades básicas de saúde mais próximas de sua casa, como as UPAs
Foto: Divulgação

A Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac) restringiu o atendimento a pacientes, desde a última terça-feira (24), em razão de um surto de infecção que teria sido provocado pela superlotação no hospital.

A orientação é que as gestantes recorram a unidades básicas (ver lista abaixo) ou de Pronto Atendimento (Upas) para avaliação prévia sobre a necessidade ou não do encaminhamento para a instituição. 

Após o diagnóstico, serão encaminhadas à Meac:

  • Gestantes com idade gestacional acima de 37 semanas;
  • Gestantes com idade gestacional abaixo de 20 semanas;
  • Emergências ginecológicas.

Não há previsão para o retorno pleno dos atendimentos. A infecção foi identificada há um mês, após quadro de diarreia em bebês internados. Essas crianças estão sendo tratadas adequadamente, segundo a Meac.

Mas, até o controle do quadro infeccioso, não haverá disponibilidade total para novos pacientes devido ao risco de contaminação. Por isso, três das cinco Unidades de Terapias Intensivas (UTI) e de médio risco estão bloqueadas por terem recém-nascidos infectados.

A capacidade dessa maternidade é de 21 pacientes para a UTI, além de 35 nas unidades de cuidados intermediários. Atualmente, há 28 na terapia intensiva, e 36 nas de médio risco. 

Superlotação na unidade

No dia 25 de abril, quando a infecção foi identificada, a Meac orientou que as pacientes priorizassem outras maternidades. No dia 24 de maio, foi feito um acordo com as secretarias da Saúde do Estado e do Município para a regulação dos atendimentos via central de leitos. A partir dessa data, o atendimento no local foi reduzido. 

“A Maternidade-Escola Assis Chateaubriand vem há muito tempo atendendo a um número de recém-nascidos bem acima da sua capacidade, chegando a 150% da sua ocupação”, informou, em nota. A Meac reforçou "não estar medindo esforços para regularizar o atendimento o mais rápido possível". 

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirmou que acompanha, junto ao Governo do Estado do Ceará e os órgãos de controle, a ocupação da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC).

Leitos no Estado

Atualmente, o Município possui 59 leitos neonatais, entre Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal (UCIN).

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que está ampliando leitos de UTI Neonatal nas unidades de saúde da Rede Estadual. 

Segundo a pasta, foram criados 12 novos leitos no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) e solicitadas mais vagas nas demais unidades com alas desse perfil, além de tentativa de contratualizações de leitos de unidades privadas.

“Situações externas impactaram no aumento na fila de regulação de leitos de UTI Neonatal, entretanto, a Rede Sesa se empenha para garantir o atendimento aos pacientes, dentro de sua capacidade”, disse.  

Onde buscar atendimento?

Segundo a SMS, as gestantes de risco habitual de Fortaleza podem buscar atendimento na linha materno-infantil nas seguintes maternidades da rede: 

  • Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC);
  • Hospital Distrital Gonzaga Mota Barra do Ceará (Gonzaguinha Barra Do Ceará);
  • Hospital Distrital Gonzaga Mota Messejana (Gonzaguinha Messejana);
  • Hospital Distrital Gonzaga Mota José Walter (Gonzaguinha José Walter).

O Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neumann (Hospital da Mulher de Fortaleza) acolhe pacientes somente via Central de Regulação. Já as consultas de pré-natal ocorrem nos 116 postos de saúde da Capital. 

As unidades da rede estadual disponíveis para gestantes em Fortaleza são:

  • Hospital Geral Doutor Waldemar Alcântara;
  • Hospital Geral Doutor César Cals;
  • Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar (HMJMA).
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