Manchas de óleo atingem 64 praias do Ceará; veja áreas atingidas

Pesquisadores da UFC descartaram relação com desastre de 2019 e com erupção de vulcão Tonga.

Escrito por Redação ,
As manchas de óleo foram vistas inicialmente no dia 25 de janeiro na Praia de Canoa Quebrada, em Aracati
Legenda: As manchas de óleo foram vistas inicialmente no dia 25 de janeiro na Praia de Canoa Quebrada, em Aracati

Subiu para 64 o número de praias em municípios do Ceará com registros de manchas de óleo em 2022. O balanço mais recente foi atualizado às 17h dessa sexta-feira (11) pela  Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Até agora, o material já analisado em laboratório tem características diferentes do petróleo venezuelano encontrado no litoral do Estado em 2019. 

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Conforme o relatório da Sema, a cidade de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), tem o maior volume de praias atingidas por manchas de óleo. A substância foi visualizada em 9 praias, são elas: Porto das Dunas, Japão, Prainha, Marambaia, Praia Bela, Praia do Presídio, Praia do Iguape, Praia do Barro Preto e Praia do Batoque.

Fortaleza aparece na sequência com seis praias: Abreulândia, Sabiaguaba, Praia do Futuro, Praia do Cais do Porto/Serviluz, Praia da Leste Oeste/Formosa e Praia da Barra do Ceará. 

Veja as praias do Ceará com manchas de óleo em 2022

  • Aracati (Litoral Leste) - Cumbe, Canoa Quebrada, Majorlândia, Quixaba, Fontainha e Lagoa do Mato;
  • Fortim  (Litoral Leste) - Praia Canoé e Praia do Forte;
  • Beberibe  (Litoral Leste) - Praia do Parajuru e Prainha do Canto Verde;
  • Cascavel  (Litoral Leste) - Barra Nova, Barra Velha, Águas Belas e Caponga;
  • Aquiraz (RMF) - Porto das Dunas, Japão, Prainha, Marambaia, Praia Bela, Praia do Presídio, Praia do Iguape, Praia do Barro Preto e Praia do Batoque;
  • Fortaleza – Praia da Abreulândia, Praia da Sabiaguaba, Praia do Futuro, Praia do Cais do Porto/Serviluz, Praia da Leste Oeste/Formosa e Praia da Barra do Ceará;
  • Caucaia (RMF) – Praia do Cumbuco, Praia do Cauípe, Praia do Icaraí e Praia da Tabuba;
  • São Gonçalo do Amarante (RMF) – Praia da Taiba, Praia do Pecém, Praia de Barramar e Praia da Colônia;
  • Paracuru (Litoral Oeste) – Praia do Quebra Mar, Praia Pau Enfincado e Praia do Vapor;
  • Paraipaba (Litoral Oeste) – Praia de Lagoinha, Praia do Porto Velho, Praia do Capim Açú;
  • Trairi (Litoral Oeste) – Praia de Cana Brava e Praia de Guajiru;

Óleo recolhido

dois homens fardados recolhendo piches com pás
Legenda: Equipes da Prefeitura de Aracati iniciaram a coleta de parte do material nesta quarta (26)
Foto: Reprodução

Até essa sexta-feira (11), a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) recolheu quatro mil litros de óleo coletados nas praias de Aracati (16 tambores), Fortaleza (1 tambor), Caucaia (2 tambores) e Trairi (1 tambor). Também oram entregues 330 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para a execução da coleta dos materiais.

De acordo com o professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do ceará, Rivelino Cavalcante, o óleo coletado neste ano no Ceará é diferente do material encontrado em 2019, cujas caracterísiticas eram de petróleo venezuelano derramado no mar por um navio petroleiro grego. 

"Essas manchas que chegaram há duas semanas são diferentes das que chegaram em 2019. Visualmente, é um material completamente diferente que nem parece com aquela cor característica de óleo. Agora nós estamos analisando essas que chegaram essa semana
Rivelino Cavalcante
professor e pesquisador do Labomar
"

Rivelino complementou ainda que o Labomar precisa fazer uma análise mais detalhada para descobrir o tipo de substância encontrada neste ano na costa do Ceará. "Precisamos aprofundar mais porque nós investigamos se era similar ou não a de 2019". 

 

 

 

 

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