Lixeiras subterrâneas são aliadas na gestão de resíduos sólidos em Fortaleza
A iniciativa implementa os equipamentos em pontos estratégicos da cidade
A gestão adequada dos resíduos sólidos produzidos diariamente pelos fortalezenses é uma questão que, há anos, mobiliza iniciativas por parte da administração do município. Na cidade que possui uma média de produção de lixo por pessoa maior do que a nacional, de acordo com levantamento da Prefeitura de Fortaleza, uma das soluções implementadas para otimizar a gestão desses resíduos é a instalação de lixeiras subterrâneas em pontos estratégicos da Capital.
Fortaleza já conta com 19 lixeiras subterrâneas sob supervisão da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), instaladas nos bairros Barra do Ceará, Cristo Redentor, Pirambu, Jacarecanga, Meireles, Centro, Cais do Porto e Mucuripe. “Novos 40 pontos, idealizados pela Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova), estão sendo distribuídos na região piloto do projeto Limpeza Urbana, que abrange parte dos bairros Centro, Praia de Iracema, Aldeota, Meireles, Varjota e Mucuripe”, explica Arcelino Lima, representante da Secretaria Municipal da Gestão Regional (Seger).
Como é realizada a coleta
As lixeiras subterrâneas oferecem maior espaço para o descarte de resíduos sólidos e possibilitam que o lixo seja recolhido de maneira estratégica. A coleta ocorre a partir de um sistema hidráulico existente nos caminhões coletores, que é ligado às lixeiras e impulsiona a estrutura, fazendo com que ela suba. Os contêineres presentes dentro da lixeira são, então, retirados e podem ser descarregados nos caminhões.
O número de pessoas que moram nas regiões do entorno, a quantidade de resíduos produzida todos os dias, a existência de pontos de descarte irregular e a dificuldade de acesso à área, que pode impedir que a coleta domiciliar aconteça, são as variáveis analisadas para decidir onde são instaladas as lixeiras subterrâneas. Cinco dos 40 novos pontos planejados já foram implantados na Praça do Campo do América, na Praça das Flores, na Praça do Centro Cultural Dragão do Mar, na Praça Luíza Távora e na Praça da Igreja de Nossa Senhora da Saúde, localizada no Mucuripe.
A iniciativa é um complemento a outras experiências já existentes em Fortaleza, como os ecopontos, e passará por uma avaliação quanto à sua eficiência, de acordo com Luiz Alberto Sabóia, presidente da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova). “A ideia é mensurar a eficácia dessas novas lixeiras subterrâneas, analisando o grau de adesão da população e a quantidade de resíduos que são produzidos. Para isso, há um sistema de monitoramento dos dados e informações dessas lixeiras”, destaca. Com base nessas informações, é analisada a viabilidade de levar a iniciativa às demais regiões da cidade, impactando diretamente na política de limpeza urbana de Fortaleza e também na mudança de cultura dos moradores quanto ao destino correto do lixo.