Entenda por que educação no trânsito deve começar na infância
Orientação precoce previne acidentes e prepara futuros condutores
As crianças são um dos grupos mais vulneráveis a acidentes no trânsito. Pela baixa estatura, são mais difíceis de serem vistas, têm nível de atenção menor e nem sempre conhecem a sinalização. Além disso, em muitos locais, as ruas são os espaços que elas usam para brincar. Esses fatores reforçam a necessidade de começar, desde cedo, a educação no trânsito.
“A partir do momento que a criança começa a conviver (com o trânsito), ela já pode ter essa orientação”, afirma André Luís Barcelos, gerente de Educação para o Trânsito da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC).
Para o gestor, ao serem orientados sobre os cuidados e riscos, os pequenos podem internalizar uma atitude de segurança nas vias e respeito ao meio ambiente. “Quando a criança recebe educação de trânsito, isso envolve vários conceitos, como a questão ambiental, o compartilhamento de espaços e o respeito aos demais usuários”.
Além de prevenir acidentes, a educação infantil do trânsito prepara futuros condutores. “Quando a criança internaliza o conhecimento, começa a entender que o comportamento dela é preponderante para que tenha segurança. Ela tendo esse conceito, se torna um adulto mais consciente”, argumenta André Luís Barcelos.
Primeiras lições
O exemplo é a primeira lição que pais podem ensinar sobre educação no trânsito. Respeitar as leis, conduzir de forma segura e usar os itens de segurança é o passo número um dessa missão. “É ser uma referência na formação dela”, salienta o gerente.
Outra estratégia para ensinar sobre os comportamentos seguros nas vias é por meio de jogos, recursos lúdicos, de acordo com a faixa etária de cada criança. “Para aquelas crianças menores, você precisa ter algo mais lúdico, jogos recreativos, contação de histórias, fantoches que façam com que elas tenham interesse pelo aprender”.
Ação nas escolas
Com objetivo de aproximar o público infantil da educação no trânsito, a AMC leva às escolas equipes e estrutura para ensinar por meio de brincadeiras regras e cuidados de segurança viária. A autarquia usa jogos interativos, promove contação de histórias com fantoches para os menores e realiza palestras para adolescentes e pais.
A estrutura disponibiliza bicicletas pequenas e grandes do Bicicletar, serviço de compartilhamento do modal. Na vivência, a AMC realiza dinâmicas que ensinam sobre placas, regras e atitudes seguras.
As escolas podem procurar o órgão para receber a ação, mas o inverso também ocorre. A própria autarquia, a partir do histórico de sinistros em determinados bairros da Capital, pode escolher os colégios que receberão a vivência.
“Escolhemos a escola quando sabemos que naquela região precisamos intensificar ações educativas para evitar sinistro”, afirma André Luís Barcelos. Antes da ação, a equipe de engenharia da AMC faz reparos nas vias. “A vivência não pode estar tão dissociada do que a criança encontra fora. Então, se eu vou falar de uma faixa de pedestre, é preciso ter pelo menos uma faixa que esteja em boas condições naquela região para que possam usar esse equipamento da forma correta”, reforça.
Saiba mais sobre segurança de crianças no trânsito