De gerações e lugares diferentes, ouvintes compartilham histórias de amor pela Verdinha

Seja na Capital, no interior do Ceará ou fora do Brasil, audiência celebra história da emissora que hoje se torna FM

Escrito por Nícolas Paulino , nicolas.paulino@svm.com.br
Legenda: De tão aficionado pela rádio, Caio Teles inventou uma emissora própria
Foto: TVM

No Ceará, Cláudio Xavier de Barbalha, Regiane de Pentecoste, dona Zilda em Juazeiro do Norte, Rogério e Fabia em Icapuí. Em outros estados, Pedro em Querência (MT), Júlio em Remanso (BA), Josué Pompeu de Santarém (PA). A lista de fãs da Rádio Verdes Mares, a “Verdinha”, é extensa, e todos eles compartilham a ansiedade pela nova migração da 810 AM para a nova 92.5 FM, que ocorre nesta terça-feira (7).

Quem passa a noite com o radinho de pilha ligado “no pé do ouvido” e já acorda ouvindo o Bom Dia Nordeste, com Daniella de Lavôr e Tom Barros, é José Barros Caúla, que vive no Lar Torres de Melo, em Fortaleza.

Ele conta que sua relação com a Verdinha começou em meados de 1966. Por vezes escutava sozinho, outras vezes com o pai, o certo é que “Netinho Caúla” não perdia um dia de transmissão. É um “vício do bem”, como ele diz.

“Gosto por causa da comunicação, que é completa e bem aceita por todos. A credibilidade do Tom Barros é tudo”, elogia. Não à toa, o programa apresentado pelo comunicador mais longevo da emissora é o preferido dele.

Legenda: Netinho Caúla passa o dia grudado no rádio conferindo a programação da Verdinha
Foto: TVM

Outro apreciador de longa data da Verdinha é o aposentado David Duarte, 64, da cidade de Ibaretama, no Sertão Central cearense. Ainda menino, na zona rural do município, ele se reunia com amigos para ouvir os lances de jogos de futebol.

“Não tinha energia no sítio, era só rádio de pilha, então a gente se reunia debaixo de lajeiro de pedra, nas casas abandonadas, só aquela juventude. Era muito bacana. Às vezes, tinha que colocar no pé de árvore para escutar”, ri David.

Legenda: David Duarte, em Ibaretama, envia mensagens com rimas para os programas da Verdinha quase todos os dias
Foto: Acervo pessoal

O ouvinte de carteirinha também descreve como “emocionante” o momento quando viu os locutores pela primeira vez, há um ano, pela tela da TV Diário. A mudança, para ele, serviu para aproximá-lo ainda mais da emissora.

No dia a dia, ele sempre participa dos programas enviando recados, arriscando até algumas rimas: “Curtir a Verdinha já é uma emoção… Acordar pra vida é uma gratidão… Viva essa alegria e complete seu dia ouvindo o Conexão”.

Novos públicos

Além do público mais fiel, a emissora também vem atraindo a atenção de novas gerações. O estudante Caio Teles, de apenas 10 anos, descobriu a programação da Verdinha durante a pandemia, por meio de um aplicativo agregador de rádios.

A mãe dele, a personal Lia Teles, achou que era apenas mais um hobby do menino, mas a paixão pelo rádio chegou e ficou. “Meu pai escuta muito, eu mesma cresci escutando a Verdinha, então acho que ele deve ter comentado e o Caio pesquisou”, lembra.

O entusiasmo foi tão grande que o garoto, hoje, é o locutor de uma rádio fictícia: a Rádio do Caio 05.9. As inspirações não poderiam ser diferentes: Daniella e Tom, a quem inclusive ele já concedeu entrevista.

“Gosto do assunto de atualidades, de famosos. Eu sempre gostei de comunicar e a Verdinha trouxe mais isso pra mim”, diz ele, que tem uma vinheta própria e faz a narração de notícias já prontas.

Audiência fora do Brasil

O amor pela Verdinha é tão grande que faz Sandra Batista, a ‘Shandynha’, acordar ainda durante a madrugada em Massachusetts, nos Estados Unidos, onde mora há 5 anos. Por lá, a diferença no fuso horário é um atraso de três horas em relação ao Ceará.

Legenda: Shandynha Batista acorda bem cedo nos Estados Unidos para se atualizar sobre as notícias do Ceará
Foto: Acervo pessoal

“Pra mim, é uma honra, prazer e privilégio escutar a Verdinha. Desde os anos 1990, quando me acordava pra ir à escola, minha mãe já estava ligadinha acompanhando a programação. No decorrer dos anos, ainda estou aqui. Mesmo estando distante, é uma das coisas que me colocam perto da minha cidade, do meu país”, comemora a empresária de 40 anos.

Erick Picanço, diretor Comercial e de Marketing do SVM, percebe que a Verdinha tem um grande potencial de crescimento após a migração para a FM. Além de manter os fãs consolidados, o objetivo é buscar novos públicos.

“O que a gente mudou foi a questão estética e de linguagem jornalística, que chega para um público mais feminino e mais jovem também ”, explica. O que deve permanecer inalterada é sua característica de prestar serviços ao cidadão.

Na manhã desta terça-feira (7) para marcar oficialmente o início da nova operação via FM, haverá um ato simbólico na sede do Sistema Verdes Mares com a presença de diretores e trabalhadores do SVM. 

 

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